Prezado Sargento Máximus, articulista do blog Praças da PMERJ
Em razão do número de caracteres desta postagem ser superior ao permitido para inseri-la como comentário de blog, deixo de fazê-lo na postagem intitulada “Minha Opinião”, de vossa autoria, e faço-a aqui, esperando que possa chegar ao seu conhecimento.
Li com atenção tudo que escreveu.
Um denso e percuciente artigo que suscita pontos muito relevantes do nosso trabalho, de nossa Corporação.
Mesmo carregado na subjetividade das interpretações do objeto que se quer exibir, merece atenção geral pela atratividade da elegância que valida a crítica.
Eu defendo que os Praças da PMERJ devam se expressar assim.
Na formatura do CAS especialista na semana passada, falei exatamente sobre isto: a importância da “graduação sargento” para as Corporações militares, que não pode, em nenhuma hipótese, ser desprezada na nossa instituição.
Como disse no meu discurso, “Sargentos devem possuir aquela característica que, para Aristóteles, era mesmo a maior marca de virtude do ser humano: o equilíbrio das coisas, “in medio virtus”, ou, longe dos extremos”.
Até porque, virtuosidade excessiva pode camuflar patologias.
Trazendo este conceito para nossa profissão, o sargento é aquele que deve possuir ótima condição de saberes conceituais, e igualmente ótima condição quanto à realização prática desses saberes.
Ele deve, pois, saber fazer, refletir sobre a validade das práticas, saber ensinar e saber conduzir agrupamentos (efetivos, na nossa linguagem) cujos esforços (sua força de trabalho, numa acepção marxista) foram postos à disposição de sua liderança.
Eu sinto dizer-lhe isto, mas o sistema criado no passado para a carreira dos nossos graduados acabou trazendo sérios prejuízos à situação dos sargentos.
Não vou entrar em considerações de mérito sobre as intenções dos idealizadores; não pretendo ferir suscetibilidades de quem criou esse critério de ingresso na carreira reservada aos técnicos, (os sargentos), sem a devida imersão no universo de preparação intelectual-profissional: o CFS.
Seja como for, não deu certo. Os graduados, como observamos ao longo do tempo, (com as exceções, por certo), deixaram de enxergar a importância de suas posições na profissão, ao ponto de tornar-se muito comum o tratamento excessivamente informal entre soldados e sargentos, cabos e sargentos, mesmo quando não apenas as diferentes posições hierárquicas, mas a própria idade, denunciada nas rugas da face e no grisalho dos cabelos, simbolizam as experiências acumuladas, suficientes para dizer quem ocupa qual lugar.
E isso deve valer para os jovens oficiais que se iniciam na carreira.
Não podem se esquecer que são superiores hierárquicos e não senhores de engenho.
Liderar, ordenar, não significa desprezar, olvidar.
Não me furto jamais de dizer o quanto aprendi com velhos sargentos no meu inicio de Carreira, no 12º BPM, e posso aqui citar alguns: Sargento Ribeiro, Subtenente Brito, Sargento Paulo Alves e outro montão deles.
Eu os liderava, mas aprendia com eles, com suas experiências.
Sempre me chamaram de senhor, com educação, respeito.
De sua parte lideravam seus subordinados, que nunca deixaram de chamar-lhes senhor, igualmente.
Eu os via grandes no seu conhecimento prático, na sua lealdade, na sua coragem.
Alguns deles, vez por outra aparecem no QG para falar comigo.
Beiram os setenta anos.
Essas coisas, estou colocando aqui para reafirmar o que já disse numa postagem anterior.
Acho ótimo um espaço destinado aos Praças da PMERJ, mas volto a colocar em consideração o destaque que devem ter os Sargentos, nas suas diferentes graduações, nesse contexto.
Se vão escrever, escrevam bem!
A sociedade lê o blog.
Estudiosos lêem o blog.
A mídia lê o blog.
Agora mesmo estamos envidando estudos para estender o acesso dos graduados ao QOA.
Nossa pretensão é permitir que terceiros e segundos sargentos que possuam curso superior, possam se candidatar ao QOA, concorrendo com primeiros sargentos e subtenentes, para os quais se exigirá, a princípio, apenas o CAS.
Estou selecionando Praças para trabalharem na minha assessoria jurídica, como assessores.
Também selecionamos, e já colocamos em prática, a utilização de Praças como mestres de cerimônia, nos eventos da Corporação, um paradigma quebrado para sempre.
Eles estão indo muito bem!
É verdade que fizemos uma limitação de idade para acesso à Academia e vou posteriormente escrever sobre isto. Este texto ficaria excessivamente longo se o fizesse agora.
Fico por aqui com as desculpas pela ausência longa, que, já adianto vai se repetir por motivos que não preciso explicar.
Repito que não sou vítima de nada, sou Comandante, mas é confortante ver a cada dia, o tempo passar.
Um abraço do seu CG.
Em razão do número de caracteres desta postagem ser superior ao permitido para inseri-la como comentário de blog, deixo de fazê-lo na postagem intitulada “Minha Opinião”, de vossa autoria, e faço-a aqui, esperando que possa chegar ao seu conhecimento.
Li com atenção tudo que escreveu.
Um denso e percuciente artigo que suscita pontos muito relevantes do nosso trabalho, de nossa Corporação.
Mesmo carregado na subjetividade das interpretações do objeto que se quer exibir, merece atenção geral pela atratividade da elegância que valida a crítica.
Eu defendo que os Praças da PMERJ devam se expressar assim.
Na formatura do CAS especialista na semana passada, falei exatamente sobre isto: a importância da “graduação sargento” para as Corporações militares, que não pode, em nenhuma hipótese, ser desprezada na nossa instituição.
Como disse no meu discurso, “Sargentos devem possuir aquela característica que, para Aristóteles, era mesmo a maior marca de virtude do ser humano: o equilíbrio das coisas, “in medio virtus”, ou, longe dos extremos”.
Até porque, virtuosidade excessiva pode camuflar patologias.
Trazendo este conceito para nossa profissão, o sargento é aquele que deve possuir ótima condição de saberes conceituais, e igualmente ótima condição quanto à realização prática desses saberes.
Ele deve, pois, saber fazer, refletir sobre a validade das práticas, saber ensinar e saber conduzir agrupamentos (efetivos, na nossa linguagem) cujos esforços (sua força de trabalho, numa acepção marxista) foram postos à disposição de sua liderança.
Eu sinto dizer-lhe isto, mas o sistema criado no passado para a carreira dos nossos graduados acabou trazendo sérios prejuízos à situação dos sargentos.
Não vou entrar em considerações de mérito sobre as intenções dos idealizadores; não pretendo ferir suscetibilidades de quem criou esse critério de ingresso na carreira reservada aos técnicos, (os sargentos), sem a devida imersão no universo de preparação intelectual-profissional: o CFS.
Seja como for, não deu certo. Os graduados, como observamos ao longo do tempo, (com as exceções, por certo), deixaram de enxergar a importância de suas posições na profissão, ao ponto de tornar-se muito comum o tratamento excessivamente informal entre soldados e sargentos, cabos e sargentos, mesmo quando não apenas as diferentes posições hierárquicas, mas a própria idade, denunciada nas rugas da face e no grisalho dos cabelos, simbolizam as experiências acumuladas, suficientes para dizer quem ocupa qual lugar.
E isso deve valer para os jovens oficiais que se iniciam na carreira.
Não podem se esquecer que são superiores hierárquicos e não senhores de engenho.
Liderar, ordenar, não significa desprezar, olvidar.
Não me furto jamais de dizer o quanto aprendi com velhos sargentos no meu inicio de Carreira, no 12º BPM, e posso aqui citar alguns: Sargento Ribeiro, Subtenente Brito, Sargento Paulo Alves e outro montão deles.
Eu os liderava, mas aprendia com eles, com suas experiências.
Sempre me chamaram de senhor, com educação, respeito.
De sua parte lideravam seus subordinados, que nunca deixaram de chamar-lhes senhor, igualmente.
Eu os via grandes no seu conhecimento prático, na sua lealdade, na sua coragem.
Alguns deles, vez por outra aparecem no QG para falar comigo.
Beiram os setenta anos.
Essas coisas, estou colocando aqui para reafirmar o que já disse numa postagem anterior.
Acho ótimo um espaço destinado aos Praças da PMERJ, mas volto a colocar em consideração o destaque que devem ter os Sargentos, nas suas diferentes graduações, nesse contexto.
Se vão escrever, escrevam bem!
A sociedade lê o blog.
Estudiosos lêem o blog.
A mídia lê o blog.
Agora mesmo estamos envidando estudos para estender o acesso dos graduados ao QOA.
Nossa pretensão é permitir que terceiros e segundos sargentos que possuam curso superior, possam se candidatar ao QOA, concorrendo com primeiros sargentos e subtenentes, para os quais se exigirá, a princípio, apenas o CAS.
Estou selecionando Praças para trabalharem na minha assessoria jurídica, como assessores.
Também selecionamos, e já colocamos em prática, a utilização de Praças como mestres de cerimônia, nos eventos da Corporação, um paradigma quebrado para sempre.
Eles estão indo muito bem!
É verdade que fizemos uma limitação de idade para acesso à Academia e vou posteriormente escrever sobre isto. Este texto ficaria excessivamente longo se o fizesse agora.
Fico por aqui com as desculpas pela ausência longa, que, já adianto vai se repetir por motivos que não preciso explicar.
Repito que não sou vítima de nada, sou Comandante, mas é confortante ver a cada dia, o tempo passar.
Um abraço do seu CG.