domingo, 5 de abril de 2009

Yes, Sir!

Na semana passada recebi a visita do professor doutor David Murakami Wood , pesquisador inglês que estuda o tema segurança pública comparada e ambientes culturais relacionados.
O objetivo do jovem professor era saber do meu julgamento sobre os sistemas óticos-eletrônicos de vigilância: sua efetividade para a prevenção do delito e suporte para possiveis investigações.
Minha opinião deveria ser, assim, a do profissional de segurança pública e não a diretor-presidente do ISP e, de fato, a entrevista abarcou vários pontos sobre o trabalho policial no Rio de Janeiro.
O professor David revelou-se uma pessoa atualizada com os problemas do nosso Estado, suas perguntas estavam formuladas sobre uma base de conhecimento preliminar e estavam afinadas num profundo respeito pelas instituições que se desdobram na execução das políticas públicas concernentes.
Abaixo, transcrevo o artigo publicado no site do professor http://ubisurv.wordpress.com/ , que no próxinmo dia 07 de abril, às 10:00 h, irá proferir palestra no Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ - Salão Moniz de Aragão.Endereço: Av. Pasteur, 250 / 2º andar - Urca - RJ.
by David
Paola and I had a very productive interview with Colonel Mario Sergio de Brito Duarte, the Director President of the Institute for Public Security (ISP) in Rio de Janeiro. The ISP is a state-level organisation with multiple functions including research on public security and the compilation of crime statistics; professional development for the police services (and also more broadly to encourage greater cooperation and coordination between military and civil police); and community involvement and participation in the development of security policy. The Colonel gave us an hour and a half of his time to explain his view on a wide range of issues around crime, security, the problems of the favelas, and the potential for surveillance, social interventions and policing in solving these problems.
As with many senior police (and military) officers with whom I have talked over the years, the Colonel is an educated, thoughtful man who has strong views based in his experiences as a front-line officer with the Policia Militar in Rio (including some years in BOPE, the special operations section) - as detailed in his book, Incursionanda no Inferno (Incursions into the Inferno). Despite how the title may sound, he was far from being gung-ho or authoritarian in his views, emphasising throughout, as with almost everyone I have talked to, that socio-economic solutions will be the only long-term guarantee of public security in Rio. And he certainly had no sympathy for the illegal actions of militias, despite understanding why they emerged and continued to be supported by some sections of the community.
However, it was also clear to him that current policies like Mayor Eduardo Paes’ ‘choque de ordem’ strategy which involves demolitions of illegally-built houses in the favelas, was absolutely necessary as well. He spent some time outlining his view of the history of how drug gangs infiltrated and gained control of many favelas, an in particular the importance of their obtaining high quality small arms - though he was vague on exactly where these arms came from - I have, of course, heard allegations from other interviewees that corrupt soldiers and policemen were one common source of such weapons.
From the point of view of surveillance studies, it was notable how profoundly indifferent the Colonel appeared to be towards he growth of surveillance, and in particular CCTV cameras. He argued that they might be a useful supplement to real policing, but he certainly did not appear to favour a UK-style ’surveillance society’ - of which, at least in Rio, there seems little sign as yet. He was similarly indifferent towards other central state social interventions like the Programa Bolsa Familia (PBF), and initiatives like ID cards - of course they might help in some way, but he certainly made no attempt to ague, as the UK government has done, that such technology will make a big difference to fighting crime and terrorism (indeed it was interesting that ‘terrorism’ was not mentioned at all - I guess that, when you have to deal with the constant reality of poverty, drugs and fighting between police and gangs, there is no need to conjure phantasms of terror). Even so, the Colonel recognised that the media in Rio did create fantasies of fear to shock the middle classes, and that this sensationalism did harm real efforts to create safer communities.
There was a lot more… but that will have to wait until I have had the whole interview transcribed and translated. In the meantime, my thanks to Colonel Mario Sergio Duarte and to the very nice and helpful ISP researcher Vanessa Campagnac, one of the authors of the analysis of the Rio de Janeiro Victimisation Survey, who talked to us about more technical issues around crime statistics.
from → Brazil, CCTV, academic, crime, fear, identity cards, intelligence, media, policing, policy, research, security, social statistics, surveillance, urbanism, videosurveillance

11 comentários:

Joana disse...

Cel, essa transcrição da entrevista me pareceu mais um resumo elogioso que o Sir fez sobre o sr que propriamente um desenvolvimento mais aprofundado sobre suas opiniões. O espaço dedicado às suas opiniões foi resumido demais para o que seria necessário e o que certamente foi obtido em mais de uma hora de entrevista, que achei séria, respeitosa, gentil, como não poderia deixar de ser.

Anônimo disse...

cel. Mário Sergio, peço a Deus que de a vc e sua família muita saúde, paz,fraternidade. Pois é com muita satisfação que eu li em seu blog, informação sobre 99% de chances dos cursos serem à distância com presença somente nas provas, pois os policiais do interior vão ficar muito satisfeito porque irão economizar numerais e não ficarão longe de seus familiares que é o pilar de nossas vidas. Você é uma pessoa miuto humana, dígna, corajosa e com uma visão do futuro

Anônimo disse...

Cel,gostaria de fazer um pedido em favor de seus policiais em relação ao (talao de registro de ocorrencia da corporação) ele não tem espaço para o policial escrever os fatos e por se tratar de um documento de grande importancia sua aparencia deveria sofrer uma melhora ja que a atual deixa a desejar pela qualidade de empreção e estetica. Quero dizer que em minha cidade as pessoas estão elogiando a sua visão e atitudes a respeito da policia militar.

Lantegate disse...

Cel, acredito que se o Sr. falasse menos sobre si poderia ter mais crédito.
o Sr. me parece muito inseguro.
Sinto que alguma coisa não vai bem com o Sr.
Como vai a sua família está tudo bem?
Quem elogia a sí próprio não merece crédito.
O Cmt Geral como a tropa tem alguma coisa em comum!
O Sr. sabe o que é?
É o desejo de poder falar coisas que está engasgado,atravessado na garganta de todos nós.
Vamos ver até aonde vai a sua sinceridade em aprovar esse comentário e permitir que ser divulgado no seu blog.
E outra coisa o Sr. pode me responder prá que serve o desconto de 10% do saldo sob a rúbrica fundo de saude?
Possivelmente o Sr. vai me dizer que é para custear a saude dos dependentes.

E quando os dependentes atingem a maior idade eles continuam a serem atendidos nos órgãos de saude da corporação?

NÃO! claro que não!

E o desconto do fundo de saude continua a ser descontado.

ACREDITO QUE O SR. TEM CERTEZA COMO TODA A TROPA TEM, QUE ESSE DESCONTO É PARA CUSTEAR OS CONVÊNIOS PARTICULARES OS QUAIS ATENDEM A MAIORIA DOS OFICIAIS DA CORPORAÇÃO,. EX. COPA'DOR, BARRA'DOR E ETC.

ENQUANTO A TROPA FICA PEDINDO PELO AMOR DE DEUS PARA SER ATENDIDA NOS HOSPITAIS DA CORPORAÇÃO.

NÃO É PRECISO IR MUITO LONGE EU COMO MUITOS, NUNCA VÍ NENHUM OFICIAL NAS FILAS DE ATENDIMENTOS DE CLÍNICAS E HOSPITAIS DA PM PARA SEREM ATENDIDOS.

ACREDITO QUE OS NÚMEROS DE REQUISIÇÕES DESTINADAS A OFICIAIS DEVEM SER BEM GRANDE E RELAÇÃO A QUANTIDADE QUE É USADA POR PRAÇAS.

COMO MADERADOR E POLICIAL CORAJOSO COMO SE DIZ SER, PUBLIQUE.

ABS.

Anônimo disse...

Cel. sou sgt e gostaria que o senhor se pudesse colocasse neste blog, as vezes que despuser de algum tempo, os comentarios , esclarescimentos de fatos solicitatos e os por quês que envolvam a tropa, para que possamos saber as alterações e beneficios que poderão ocorrer em breve, grato .

Unknown disse...

Caro sr.Comandante,venho primeiro agradecer por tudo que o sr. está fazendo pela PMERJ e pelos seu componetes, e venho pedir encarecidamente que olhe pelos residentes da turma de CFSD I e II de 2007. Está sendo muito difícil pra gente ficar longe da nossas famílias, mães, irmãos, filhos, esposas... moramos muito longe, as vezes temos que ficar de residente nas OPMS,devido a escala e o tempo que levamos para chegar em casa, contuda vendo tbm o lado do Rio Card, que fica um valor alto, que daria pra contratar outros policiais aqui da capital, se não for pedir muito gostaria que sr. Comandante me respondesse, desde de já muito abrigado e que Jesus abençoe o sr. nessa caminhada cheia de obstáculos.

SGT pires disse...

Coronel, e a primeira vez que faço um comentario neste blog,espero que nao seja a ultima ja que e fato inedito nao so para mim mas tambem para todos os policiais militares do RJ,principalmente os praças, ter um canal direto de comunicação com o Comandante Geral da Corporação. O meu comentario e sobre os R$ 350,00.Acho que TODOS os PMs tem que receber ,e nao so os aptos pois aqueles que hoje estao de licença medica por algum motivo ja estiveram aptos antes.

Anônimo disse...

coronel a baixada esta uma vergonha em termo de criminalidade o 15bpm esta compactuando com a milicia e a 59 dp tambem não vejo mais em quem acreditar veja o que esse bandido piquete esta fazendo e ninguem toma uma providencia
confio no senhor e sei que sua pessoa tomara providencia o bpm esta deichando os milicianos patrulharem as ruas é uma vergonha algo tem de ser feito.

Anônimo disse...

Comandante olhe para o nosso batalhao de choque com mais carinho.Olhe nossas ordens de servico,o nosso alojamento,nosso rancho.Nao temos banheiro para usar.Temos uma tropa que quer trabalhar e ajudar no policiamento,mas nao fazer o trabalo dos outros batalhoes.Olhe por nois.

Anônimo disse...

Sr CMT estou pela DGP adido e sempre acompanhei pelo Bol PM a minha instituição. E gostaria de continuar acompanhando o que acontece na minha instutuição, bem como cursos, depoimentos, etc..., porém não posso mais acompanhar através da internet, o Sr me tirou esse direito, até porque se um policial procurar um batalhão pedindo parar ver o Bol, muitas das vezes somos atendido mal criam varias desculpas e não nois deixam consultar o Boletim, o Sr poderia cadastrar os policiais através de email, acredito que o Sr vá nos ajudar, até por que, como vamos ter ciência dos requerimentos em andamentos se foram deferidos ou indeferidos . agradeço a sua ajuda !

caveira disse...

PARABENS COMANDANTE, E OBRIGADO PELAS SUAS DECISOES, SOBRE OS CDs E CRDs, MUITO OBRIGADO E QUE DEUS ABENCOE SUA FAMILIA. CAXIAS AGRADECE