segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Descanse em paz.


O dia de hoje está sendo muito triste para nós, Policiais Militares do Rio de Janeiro; os próximos dias serão também.

Recebi ainda ontem à noite a notícia do bárbaro assassinato do Cadete Jorge Augusto de Souza Alves Júnior, do 3º Ano da Academia Dom João VI. Iria se formar no fim deste ano, após um intenso curso de três anos em regime de internato.

Não vou transcrever as descrições que estão na internet, em jornais e redes sociais sobre o estado em que o corpo foi encontrado. Não é necessário, não pretendo semear ainda mais o ódio que estamos sentindo (eu também estou sentindo ainda neste momento!). O objetivo deste meu artigo é justamente assegurar que o ódio só promove tragédias.

Mas, precisamos alcançar essa corja assassina que imolou o cadete Jorge Augusto, gadunhá-los, e entregá-los vivos para julgamento, por mais que nosso coração os queira gelados e tão cheios de buracos quanto possamos encontrar adjetivos nos dicionários para ofender esses desgraçados.

Interessante como a morte de um Policial, e eu um incluo os Policiais Civis na mesma desdita, não reverbera, não tem apelo midiático, não promove indignação nos “atores” mais festejados dos assuntos da segurança.

Eu rodei, rodei, rodei os on lines procurando comentários dos especialistas, tentando encontrar aquelas falas lépidas quando o alvo são as polícias, mas...Cadê?

Quando um PM (diga-se de passagem erradamente, digno de punição e penalização) atirou no pé de um vagabundo do bando que sequestrou uma mulher e uma criança na Barra da Tijuca, e iria mantê-las reféns para obrigá-la a realizar saques bancários - nisso que chamamos sequestro-relâmpago -, em questão de horas assistimos o desfile do exibicionismo jogando pedra na “Geni”, lembram?

˗ EXPULSÃO SUMÁRIA!  EXPULSÃO SUMÁRIA!

Não foi isso que o oportunismo descompromissado com nosso destino, com nossa realidade social, com nossa classe profissional, disse tão rapidamente?

Eu procurei falas oficiais, discursos de especialistas, pitaco de comentaristas a respeito de nosso jovem martirizado hoje e olhem o que eu achei no Globo on line, sob a matéria de sua morte!

·  Zelito Marins da Cunha09/09/12 - 19:23

CADETE deveria ser SOMENTE alunos da AMAN ou da Academia da Força Aérea do Brasil...O resto é o resto.....Cadete da PM ? Então é aspirante a ser um BANDIDO FARDADO.

há 3 horas

·  Zelito Marins da Cunha09/09/12 - 19:18

Tem gente chorando por aí ?

há 3 horas

·  Salvador de Farias09/09/12 - 12:28

Tem alguém triste aí?

há 10 horas

·  666dark09/09/12 - 11:21

Cortando o mal pela raiz!!! Ele mereceu...

há 11 horas

·  Francis09/09/12 - 10:31

VINGANÇA!!!

há 12 horas

Leia mais sobre esse assunto em
http://oglobo.globo.com/rio/cadete-da-pm-encontrado-morto-tiros-dentro-da-mala-do-proprio-carro-em-mesquita-6037614#ixzz261o24zmp
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Acreditem, escreveram isso nos comentários do on line do Globo de hoje e o jornal permitiu!

Ficou o dia todo lá e ainda agora bem tarde da noite ainda estava na página.

É muito duro, não é?

O Globo permitiria algo assim contra o Tim Lopes?

Permitiu alguma vez?

Na mesma hora do sepultamento acontecia uma manifestação na Zona Sul do Rio do Rio de Paz, uma dessas ONGs que se importam muito com as mortes violentas no nosso Estado, desde que os mortos não sejam policiais.

Eu não sei quem é o moderador daquela página do Globo, e provavelmente nem eu nem nenhum leitor jamais saberemos. Esta é outra coisa que só vale para policiais: accountability, prestação de contas.

Ninguém do Globo virá dizer: pedimos desculpas pelos insultos, pelas injúrias, pelas imprecações dos nossos comentaristas contra o companheiro de vocês, tão brutalmente assassinado.

Eu estou convicto que o ódio só promove tragédias, por isso estou me esforçando para retirar o sentimento que me assaltou ontem à noite, quando soube do ocorrido. Não desejo que esse sangue seja emulador de outras tragédias.

Vou incluir nas minhas orações o pedido ao Pai Celestial para que os desgraçados que fizeram aquela barbárie sejam encontrados logo. Eu já não posso mandar uma mensagem para esses rebotalhos como um dia pude fazer, quando derrubaram nosso helicóptero ceifando a vida de três dos nossos bravos, mas pela minha fé não tenho dúvidas de que serão vítimas de suas próprias escolhas.

Minhas orações principais serão pelo espírito do Cadete Jorge Augusto; que sua família encontre forças para vencer um momento tão difícil; que a família Policial Militar, em especial nossos queridos Cadetes que enfrentarão combates reais quando se formarem - viu Sr Zelito Marins da Cunha, comentarista das 19:23h? – não se alimentem no ódio que deforma e destrói, mas que usem o martírio do nosso companheiro como ferramenta de eterna vigilância.

Força e honra, é como saúdo a memória do Tenente Jorge Augusto de Souza Alves Júnior!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Casos de Polícia: A Sirkis o que é de Sirkis

Livro de ex-comandante da PM conta ocupação do Complexo do Alemão

Coronel Mário Sérgio Duarte
Coronel Mário Sérgio Duarte Foto: Fabiano Rocha - 22/09/2011

Roberta Hoertel
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Ex-comandante da Polícia Militar, o coronel Mário Sérgio Duarte lança, nesta segunda-feira, um livro sobre a ocupação do Complexo do Alemão. Intitulado "Liberdade para o Alemão – O Resgate de Canudos", a obra conta os bastidores da operação que iniciou a pacificação da comunidade, em 2010. O título faz referência à Guerra de Canudos, na Bahia, no século XIX.
 
— Canudos era um grande conglomerado pobre, com sua população mergulhada numa de ideologia de fundamento messiânico, engendrada por Antônio Conselheiro. Os homens agiam cometendo crimes que levavam pânico. No caso do Complexo do Alemão, também encontramos um grande conglomerado pobre, com centenas de jovens em armas, cometendo crimes diversos — explicou Mário Sérgio.
 
Segundo ele, a narrativa vai detalhar os momentos marcantes da operação. Entre eles, a decisão de invadir a Vila Cruzeiro.
 
— Havia muito risco, mas não havia volta: ou agíamos ou as coisas poderiam se tornar piores — afirmou.
 
O evento de lançamento do livro será na Academia Brasileira de Filosofia, no Centro, às 19h.
Veja abaixo a entrevista com ex-comandante da PM:
Como surgiu a ideia de escrever um livro sobre a ocupação do Alemão?
Surgiu ainda em meio a operação, após eu haver constatado que tínhamos o Complexo do Alemão sob controle. A ideia me ocorreu ali, e alguns dias depois eu já havia iniciado as primeiras páginas.
 
O título do livro faz uma referência a Guerra de Canudos. Porque essa associação?
O Arraial de Canudos era um grande conglomerado pobre, na verdade misérrimo, que esteve em armas contras as forças da República com sua população mergulhada numa de ideologia de fundamento messiânico, engendrada por Antonio "Conselheiro". Os homens do arraial agiam comentendo crimes que levavam pânico para as populações dos arredores. No Caso do Complexo do Alemão, também encontramos um grande conglomerado de estrato social pobre, com centenas de jovens em armas, comentendo crimes diversos e espalhando pânico pela cidade. Ambas comunidades sofreram um cerco militar e o desfecho do segundo caso parecia se aproximar do primeiro, porque houve um grande banho de sangue no interior da Bahia e os sinais é que teríamos aqui também. Todavia, lá e cá todos eram brasileiros e tudo que eu preferia era não ser responsável por derramar sangue nacional, se fosse possível, ainda que de "retardatários" compatriotas de vida torta, para usar uma palavra do Euclides da Cunha.
 
Há alguma revelação ainda não feita sobre este momento?
Várias, mas detalhes de bastidores. Aquilo que as câmeras não mostraram eu procurei contar.
 
Quais momentos da ocupação o livro aborda?
O livro tem de tudo um pouco. Marcadamente temos os combates da Vila Cruzeiro e o resgate do Alemão, mas há reminicências de minha época no BOPE e uma parte em que narro meu entendimento de que o Rio chegou vivenciar um Conflito Armado de Baixa Intensidade, como muito bem pontuou Alfredo Sirkis há alguns anos (grifo meu), Os governos passados foram cegos para essa realidade e por isso não visualizaram a saída para o caos.
 
Como ocorreu a decisão da segurança do Rio em tomar, finalmente, o quartel general do tráfico de drogas?
Numa quarta-feira, dia 24 de novembro de 2010, durante os incêndios, o Governador decidiu a invasão da Vila Cruzeiro, e, aí, com a fuga do criminosos para o Alemão, nem foi preciso nova tomada de decisão. Aquela janela de oportunidade não poderia fechar-se. Era uma chance de ouro que a facção nos deu e passaríamos por ela de qualquer maneira.
 
A decisão já vinha sendo pensada ou foi tomada diante dos inúmeros casos de violência? Não era um momento arriscado para isso?
 
A decisão de tomar o Alemão naquele momento foi para aproveitar o tiro no pé que o narcotráfico deu em si mesmo. Havia muito risco, mas não havia volta: ou agíamos ou as coisas poderiam se tornar piores, e teríamos um quadro semelhante a de guerra civil nas avaliações de risco e medo.
 
Ultimamente, com a chegada da PM ao Complexo do Alemão, estamos vendo constantes apreensões de drogas e armas, além de confrontos dos policiais com traficantes. Você acha que pode haver uma retomada por parte do tráfico?
 
Não creio em retomada. Os conflitos significam o produto da herança histórica que perdurará por um tempo até não mais existir. Mais do que quadrilhas as facções se tornaram uma espécie de uma subnação e um subestado criminoso, com subexércitos, subeconomia e microterritórios. Vencer isso tudo é difícil porque há identidade coletiva adquirida, e não se consegue destruindo, mas descontruindo, o que leva tempo.
 
Qual o maior desafio das UPPs hoje?
Substituir os efetivos das UPPs pois, pela estratégia da Secretaria de Segurança, não convém ter veteranos nas UPPs e isso exige renovação.
 
Foi o momento mais importante da cidade? Acredida que haverá outra ocupação como esta?
Sim, foi. O Complexo do Alemão além de Quartel General da maior facção era também seu altar de crenças. Os traficantes julgavam-se a salvo de uma retomada ali, ainda que seus "satélites" caíssem. Quando o seu "sol" foi tomado eles souberam que o império se findara. O modelo coletivizado do crime pelas facções só voltará a acontecer se o poder público permitir, Eu penso que a população nunca mais permitirá. Ao menor sinal de um recrudescimento a cobrança seria imediata


Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/livro-de-ex-comandante-da-pm-conta-ocupacao-do-complexo-do-alemao-5554639.html#ixzz25Kax93No

domingo, 2 de setembro de 2012

O Exército Brasileiro e sua participação na pacificação do Rio de Janeiro

Meu livro Liberdade Para o Alemão - O Resgate de Canudos já não é mais a única obra sobre o processo de pacificação dos Complexos da Penha, Vila Cruzeiro e Alemão.
 
Recentemente lançado pelo Coronel  de Infantaria do Exército Brasileiro, Carlos Alberto de Lima ( AMAN, turma 1975), "Os 583 dias da pacificação dos Complexos da Penha e do Alemão" é o segundo livro a tratar do assunto, agora expondo por meio de uma metodologia informativa, dados importantes de relevante valor para a história da Força Terrestre na sua participação naquela missão interna; e também para qualquer que se interesse no assunto.
 
É uma obra importante, que recomendo. O livro evidencia que as necessidades brasileiras, onde se inclui a Segurança Pública, podem ser atendidas pelo Exército em situações específicas, bem definidas e obviamente exigíveis dado o seu paroxismo.
 
A corrente de opinião contrária, aquela que realiza uma leitura apertada das previsões constitucionais para uso da Força, está vencida.
 
Claro, não vai se lançar mão do Exército para qualquer coisa. Seu emprego na Providência foi uma imprevidência previamente calculada.
 
Lá, o EB foi contra sua vontade, e eu sei porque participei de uma reunião no Comando Militar do Leste, em 2007, quando a coisa estava para acontecer. Lembro-me bem dos discursos: não falados, mas reverberantes no espírito visivelmente contrariado de cada militar presente à reunião.
 
Mas, voltando ao emprego legítimo, legal, moralmente recomendável e rigorosamente necessário da nossa Força Terrestre, bom que ela tenha participado de um momento tão importante para o Rio de Janeiro.
 
E bom para a Força, como poderão ler nas palavras do Coronel Lima!
 
Abaixo publico o artigo de minha autoria que integra a obra. Recebi o honroso convite de escrevê-lo para compor o livro. Espero não ter decepcionado. Eu já havia deixado algumas impressões sobre a participação do Exército nas operações do Alemão, em meu livro. No texto abaixo reitero o que lá escrevi.

O livro pode ser adquirido por encomenda ao e-mail viajandocomaleitura5@yahoo.com.br



O Exército Brasileiro e sua participação na pacificação do Rio de Janeiro


Ao longo dos últimos anos venho teorizando sobre o quadro de segurança pública do nosso Estado, e declarando que o Rio de Janeiro atravessou um conflito armado de baixa intensidade nas duas últimas duas décadas, situação não vivenciada pelos demais Estados Federativos.

Não foram raras as oportunidades em que eu explicitei isto; reflexões manifestas que foram reproduzidas em jornais impressos, mídia televisiva e documentários.

É bem certo que tenho usado tal expressão com certo distanciamento do conceito defendido pelo professor Luiz Fernando F. Ramos, da Universidade Federal de Minas Gerais, porque, a rigor, nunca houve a presença de ideários políticos, de intenções ou formulações por uma mudança na estrutura econômica e social do país nos enfrentamentos que se deram no Rio entre as facções criminosas entre si e com as forças do aparato legal. As pequenas e sanguinárias guerras ocorridas aqui, marcadamente na capital e municípios limítrofes, que vitimaram tantos policiais como criminosos e população inocente, passaram longe de quaisquer intenções revolucionárias.

Mas, reasseguro, há pouco atravessávamos um conflito armado de baixa intensidade, predominantemente nas favelas do Rio de Janeiro onde as facções se digladiavam com milhares de fuzis AK 47, Ruger, AR 15, FAL, metralhadoras de mão, com bi-pé, armas individuais e coletivas que tinham e usavam para enfrentar seus “inimigos”, entre esses o Estado que já não mantinha a supremacia do território considerando o poder erguido pelo crime coletivizado que dominava e subjugava bairros inteiros. 

Produzindo feridos e mortos em números absolutamente incompatíveis com qualquer conceito arbitrado para normalidade em Segurança Pública, as guerras de facção eram ao mesmo tempo consequência e causa de fatores econômicos, sociais e psicológicos, (para não afastar os motivos individuais dos criminosos para a vida no crime), considerando haver uma espécie de simbiose entre as motivações e os vetores concorrentes no conflito.

Assim, se o lucro da droga em determinado momento esteve no topo das suas intenções, com a chegada dos fuzis, inicialmente comprados para a proteção dos negócios, das “bocas” e dos “locais de estocagem e endolação”, outros valores como domínio do território, visibilidade social, empoderamento sexual sobre a população feminina jovem (das comunidades) e pertencimento de grupo, foram incorporados pelos integrantes das facções, imprimindo-lhes um ethos subjugador, assassino e desafiador, capaz de interagir fora de seus domínios geográficos e espargir sua subcultura de ódio por meio de um conjunto inconsciente de valores “espirituais” a que denomino ideologia de facção.  

Dessa forma, a mera destruição física dos traficantes como aconteceu por anos, proporcionada por estratégias que privilegiavam visões extremistas, não deu resultados positivos promotores de tranquilidade pública e paz social, como não poderiam dar. Verdadeiramente só serviu para gerar uma espiral de ódio entre a população pobre e as forças policiais, fenômeno facilmente compreendido na medida em que os favelados viam seus filhos morrerem pelas mãos do Estado, e as forças policiais viam, igualmente, os seus integrantes tombarem pelas armas do tráfico.

Finalmente, uma nova visão que privilegia não uma cruzada contra as drogas, malgrado entendê-la altamente nociva à sociedade - e por isso alvo de repressão -, mas a pacificação da cidade pelo resgate pleno dos territórios dominados pelo crime permitiu o renascimento da crença de uma homeostase social, onde o crime não seja eliminado (por tratar-se de utopia), mas controlado, preferencialmente em níveis mínimos. Esta nova estratégia apresentou-se de forma preponderante através de um consistente projeto nomeado Unidades de Polícia Pacificadora – UPP, o que fez renascer o sonho de uma Cidade Maravilhosa e de um Estado progressista, sem quaisquer conotações ideológicas para o termo.

Ora, mas se o projeto UPP desde seu início foi reconhecido e aceito como aquele capaz de mudar a realidade do Rio, como fazê-lo avançar em áreas verdadeiramente fortificadas, guarnecidas com centenas de armas e petrechos bélicos, usadas como concentradoras de material de guerra retirado pelos criminosos das favelas pacificadas, e, ainda, manter tais territórios sob domínio, se não possuíamos equipamentos adequados para o enfrentamento que se daria e efetivos para uma ocupação temporária duradoura, como era esperado que acontecesse na cidade-estado dos bandidos, o Complexo do Alemão?

A resposta para tal pergunta é simples: foi a participação imprescindível das Forças Armadas apoiando as Forças Policiais do Estado do Rio de Janeiro com equipamentos e efetivos nas operações de incursão e cerco, que determinou o sucesso das operações.  

Foi com esse apoio que aplicamos um histórico golpe no coração da facção de maior poder. E poupando sangue nacional! Mesmo o sangue dos criminosos desviados da serventia social, o que seguramente não teria acontecido se não houvesse a união propiciadora da absoluta supremacia.

No caso particular da participação do Exército Brasileiro, é indiscutível que ficará marcada para sempre sua presença como braço forte e mão amiga desde os primeiros momentos que precederam o resgate do Complexo do Alemão, logo após as operações na Vila Cruzeiro.

Engajado como força de cerco por meio de sua Brigada de Infantaria Pára-quedista, o Exército Brasileiro dispensou total apoio às operações e não se furtou de usar suas armas de forma legal, legítima e com acerto técnico, quando teve que impedir o rompimento do cerco pelos traficantes Faustão e Branquinho, como não se furtou de oferecer a carne ao aço dos fuzis criminosos, como na situação em que foi ferido o Soldado Paraquedista Walbert Rocha da Silva, por um disparo dos bandidos.

Depois, por quase dois anos esteve o Exército Brasileiro encarregado de realizar operações pacificadoras nos grandes Complexos da Penha, Vila Cruzeiro e Alemão, mantendo o território livre da presença dos criminosos, ao tempo que travava contato com a população se socializando com os representantes legítimos daqueles grandes conglomerados,

Com liderança segura do Comandante Militar do Leste, Excelentíssimo senhor General de Exército Adriano Pereira Junior, o EB apoiou o Estado do Rio de Janeiro, assegurou a paz e garantiu o monopólio do uso das armas e do uso legal da força, devolvendo-os ao Estado membro consoante um bem engendrado programa que definiu sua participação.

O Rio de Janeiro, sua população e suas Forças de Segurança recebem como legado da participação do Exército Brasileiro, principalmente, o seu exemplo e seu modelo de consciência pacífica, ancoradas em seu potencial invencível de guerra para a defesa dos legítimos interesses de nossa pátria.

 Coronel PM Mário Sérgio de Brito Duarte

Ex-Comandante Geral da PMERJ