quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Vitória sobre a morte!

Fui escalado na última hora.

Mas não seria o comandante das operações naquele dia. Na mesma semana, havia estado por duas vezes na Ladeira dos Tabajaras, onde quase fora alvejado por “fogo amigo”. O Major Penteado me garantira que eu deveria apenas fiscalizar o serviço do Rocha, um jovem 2º Tenente que acabara de chegar voluntário para o BOPE, e ainda sem COESP (iria fazê-lo e concluí-lo ainda naquele ano).

Oficial é oficial, foi preparado para comandar, mas, sabe como é, recém-chegado ao Batalhão e “peito-liso” a tropa cria alguma resistência; comporta-se com desconfiança, coisas assim.

Eu era Capitão com três anos de posto, um “antigão” com direito de trincheira, mas naquela época o bicho já pegava. Fartavam fuzis nas mãos do tráfico e o BOPE estava com um reduzido número de Tenentes, o que mantinha os Capitães na luta; bem diferente de como fora no passado, até os idos de 1988, quando chegaram armas de guerra para os criminosos.

Hoje a realidade é essa para qualquer Batalhão: todo mundo no combate.

A chamada “Operação Rio”, com participação das Forças Armadas, havia pouco se encerrado com números tímidos.

Não digo isso para culpar os integrantes das três Forças pelos resultados escassos; do contrário, tanto nós, policiais, como os companheiros das FFAA, sabíamos que os resultados seriam aqueles e não deveríamos contabilizar prisões e apreensões como “a estatística do sucesso”.

Nossa expectativa era preventiva. Quem verdadeiramente apostara em acontecimentos de magnitude, preferencialmente tragédias e hecatombes com “milhares de meninos assassinados pelo Exército Brasileiro despreparado para agir com a população civil”, havia sido os intelectuais palpiteiros, aqueles que sempre aparecem nessas horas para vociferar ideologia, posando de humanistas e detentores exclusivos das formas do bem.

A Operação Rio, na verdade, servira exclusivamente para sepultar carreiras políticas.

Fora uma intervenção incolor. Uma forma de preceder sem ofender.

Mas havia terminado, e lá estávamos nós sozinhos outra vez: BOPE e BPCHOQUE, numa operação de busca e captura ao traficante Flávio Negão e seu bando.

Negão, na verdade um magricela pequeno e muito mais brancão do que negão, formara um pequeno exército e desafiava as polícias, promovendo emboscadas contra os agentes e buscando matá-los sempre que podia.

Sua fama se firmara após longa entrevista que concedera ao jornalista e escritor Zuenir Ventura para o livro Cidade Partida; seu depoimento era uma extensa galeria de “impressões”, de trinta páginas, na qual falava da infância, da família, da chacina que presenciara de uma basculante e outras questões que já não me recordo, passados treze anos da leitura da obra.

Ainda pela manhã eu havia despachado a tropa para uma missão menos arriscada a comando do Tenente - se não me falha a memória na Vila Cruzeiro - que, à época, possuía muito menos poder de fogo que nos dias de hoje.

Mais, ainda assim, houve combate, de pouco intensidade, como me relatou Brazuna, o Sargento comandante de uma das equipes.

Por volta das dezoito horas reuni os combatentes para a leitura do documento sigiloso que ainda estava fechado em minhas mãos. Eu só saberia sobre a missão no momento em que abrisse o envelope lacrado.

Meus olhos percorreram todas as folhas avidamente, antecedendo minha fala, e logo vi que não poderia enviar o Tenente comandando:

PATRULHA DE CONTATO: INCURSIONAR VIGÁRIO GERAL BUSCANDO LOCALIZAR FLÁVIO NEGÃO E SEU BANDO - indicava o documento.

Não, não tínhamos a menor idéia de como seria Flávio Negão.

No nosso imaginário deveria ser um homem negro, considerando o apelido, e seguramente de compleição física forte, dado extraído do aumentativo da alcunha.

Mas era isso; e só!

Bem, onde poderia ser encontrado Flávio Negão?

A inteligência da PM coletara informações de que haveria um baile funk na quadra da comunidade, em comemoração ao aniversário da cidade. Era dia 20 de Janeiro de 1995. Flávio Negão e seus comparsas provavelmente estariam por lá, pelos becos, nos acessos ao espaço de socialização tratando do seu lucrativo comércio.

A missão ficara assim: O BPCHOQUE cerca a favela. O BOPE entra, incursiona, e...seja o que Deus quiser.

Claro, seja o que Deus quiser mesmo!

Entendam:

Os traficantes eram algumas dezenas:

Nós também.

Eles tinham fuzis, pistolas, metralhadoras e granadas.

Nós também, com exceção das granadas.

Eles conheciam excepcionalmente bem o terreno, eram crias dali.

Nós conhecíamos bem o terreno. Eu já estivera operando em Lucas e Vigário duas vezes, em ação diurna.

Mas nós tínhamos uma vantagem insuperável: treinamento (incomparável), legitimidade, legalidade e mística.

Éramos quase trinta homens do BOPE e logo logo eles saberiam disso.

Incursionamos a favela por volta das 20:00h, com o BPCHOQUE ocupando seguidamente as posições altas, as passarelas de acesso à Vigário Geral.

A Força de Incursão e Contato estava dividida em três patrulhas de combate: ALFA, BRAVO E CHARLIE, formadas por oito combatentes portando armas automáticas, como metralhadoras de mão e fuzis. A vanguarda tinha uma ponta-dupla, ou seja, dois homens seguiam sempre um pouco à frente, fazendo papel de reconhecedores-esclarecedores, uma missão mortal.

Designei a patrulha Charlie como Ptr Comando, aquela na qual eu seguiria. Era composta pelo Sargento Nascimento, pelo Cabo Di Franco, e pelos Soldados: Carneiro, Tostes, Ronaldo, Freitas e Gilberto.

Ronaldo “Maluco” e Freitas se apresentaram voluntários para seguirem na ponta (ACREDITEM!).

A patrulha Bravo tinha os Sargentos Andrade e Israel, e os Soldados: Ramos, Pereira, Magalhães, Travassos, Alcir e Vinícius.

A patrulha Alfa era composta dos Sargentos Brazuna, Jair, Cabo Garcez (que levava um fuzil - metralhadora HK 21-A1 com bipé e carregador tipo cofre) e os Soldados: Warlen, Simões, Paulo, M. Rodrigues e Filho.

Tracei três zonas de estacionamento e vigilância para onde as patrulhas se deslocaram.

Minha patrulha seguiu buscando o lado direito da favela, no sentido da incursão, como se fossemos para Parada de Lucas. A Bravo seguiu pelo centro, com o sargento Andrade liderando, e a patrulha Alfa foi pela esquerda, tendo no comando o Sargento Jair.

Fomos ocupando lajes com boa coordenação.

Levei o Tenente Rocha comigo, e ficamos nós e mais o Soldado Gilberto, meu rádio-operador, acompanhando silenciosos a movimentação na favela mal-iluminada, buscando localizar marginais armados.

Não tardou para que os vagabundos fossem avisados de nossa presença e eles puseram-se a correr desesperadamente, julgando que fossemos cercar a quadra onde acontecia o baile.

Começaram uma disparada pelos becos como loucos, atirando para tudo quanto era lado.

Eles estavam errados, eu não faria isso, havia um precedente assim que dera errado no Complexo do Alemão, com inocentes feridos, e nós apostávamos na tentativa de evasão deles, ou seja, eles viriam até nós.

Não deu em outra.

O BPCHOQUE com seus homens abrigados em sacos de areia, fazia uma barreira de fogos que não permitia aos traficantes se movimentarem sem aço incandescente na direção deles.

Eu buscava contato pelo rádio com as patrulhas e ninguém respondia.
Mas, a notícia ruim chegou.

- Capitão, ta na escuta, Capitão! Ta na escuta! - gritou o Cabo Garcez no rádio transceptor, com a voz cortada por tiros de fuzil e as reticências da incerteza que assaltara seu espírito.

- Tô na escuta cara! Fala aí! O que houve? Que tá acontecendo?

Eu sabia que algo grave tinha havido.

- Brazuna tá baleado, meu Capitão...Brazuna tá morto.

Uma notícia de cinco segundos, uma terrível notícia dada em cinco indefiníveis segundos.

Brazuna estava morto.

Carlos Augusto Soares Brazuna, vocacionado Policial Militar, um jovem ainda de pouco mais de trinta anos, casado com dona Ângela e pai de Vitor e de Hugo.

Vitor e Hugo, como bem convinha àquele determinado policial inspirado em Javert batizar os filhos em homenagem ao inigualável escritor de Les Misérables, uma obra-resumo de todas as misérias e dores da existência humana.

Saí da favela com dois mortos.

Flávio Negão veio junto.

Tombou no duelo mortal com Brazuna e outros integrantes da patrulha, enquanto tentava romper o cerco.

Caiu com um fuzil AR-15 Bushmaster à mão e vestindo uma camisa do flamengo. Só soubemos que era ele quando um garotinho denunciou:

- Ih, acho que vocês pegaram Negão, ele tava com a camisa do flamengo!

Nunca mais soube do Vitor, do Hugo ou da dona Ângela, mas gostaria de saber.

Ficaria feliz em saber que os meninos honram o nome do pai.

Aquele foi um ano de muitas perdas. Dias depois eu choraria a morte de meu filho Estevão, em sua jornada tão curta na Terra, e dias depois a morte do valente Tenente Vega... e dias depois..e dias depois...

Não posso esquecer o que aconteceu naquele dia 20 de Janeiro.

Lembrei-me novamente anteontem.

Não é um dia de festa para mim, malgrado o feriado.

Um dia não vamos mais precisar usar fuzis e nem arriscar nossas preciosas vidas para fazer Segurança Pública com matizes de Conflito Armado.

O crime estará sob controle.

As facções perderão sua força, sua representação, seu status simbólico promovedor das hostes que celebram o ódio.

Não foi em vão, Vitor!

Não foi em vão, Hugo!

A morte do Sargento Brazuna, vosso pai, não foi em vão.

Essa é minha crença.

Esse é o meu valor de verdade.

Em memória do Sargento Brazuna, faço esta saudação.

Força e honra meu irmão de armas!
Que Deus te guarde!

37 comentários:

Anônimo disse...

Coronel Mário Sérgio:

Mais do que um texto, este é um verdadeiro desabafo. Muitos não fazem idéia do quanto os policiais ( BOPE,BPCHOQUE,BPM qualquer ), passam todos os dias. Os filhos, filhas, esposas, mães,pais, são obrigados á escutar sempre críticas e quase nunca, elogios. Claro que se é muito mais fácil "agredir" a polícia, pois ela é o ÚNICO BRAÇO ESTATAL PRESENTE NO COMBATE Á CRIMINALIDADE. São policiais como falecido Sgt. Brazuna, que honrou o BOPE e outros "Brazunas" que estão cada vez mais difíceis de se encontrar. Muito se fala Coronel ( e com JUSTÍSSIMA RAZÃO ), do baixíssimo salário dos policiais, da infra-estrutura e eu concordo com tudo e com toda reinvidincação, mas, cá entre nós: QUANTOS DE FATO, se entregam á profissão? Se assim podemos chamar, pq, "ser policial é uma razão de ser " ( Diz a Canção do PM ), ou que saiba que está numa "Guerra sem tréguas"",ou seja: QUE SEJA UM POLICIAL DE VERDADE, QUE SE ENTREGA DE CORPO E ALMA? Creio que existam muitos Coronel, como o senhor, mas, convenhamos, está cada vez mais difícil. Culpar tão somente o baixo salário ( no qual o atual Governo não é o único responsável, pois vem de anos isto ) e quase nenhuma estrutura é, com o devido respeito, MUITO POUCO. Queremos sim, um Policial Militar, Policial Civil,Bombeiro Militar, entre outros, MUITO BEM PAGO, COM INFRA-ESTRUTURA, MAS, QUEREMOS , ACIMA DE TUDO,HOMENS VOCACIONADOS, HOMENS DEDICADOS, OU SEJA: POLICIAIS DE VERDADE!

Espero que publique mais textos desta grandeza, Coronel.

Anônimo disse...

Sgt Nascimento seria o cap Nascimento antes de ser promovido ;) ?
Falando sério, muito interessante esse relato, mas me deu muito medo. Nunca teria coragem para tanto.

Anônimo disse...

Cel. fiquei extremamente comovida com esse relato e tb agradecida. Tenho plena consciência que foi por mim, pela minha família e por tantas outras famílias que desejam viver em paz que os srs se lançam a essa indesejável, mas necessária guerra. Infelizmente, da morte desse valente homem nada irá nos consolar. E a morte do ignóbil logo dará espaço para que outro ocupe seu "cargo" de boçalidade. Esse ciclo de mortes só cessará qdo houver mudanças nos valores mais profundos de nossa sociedade. Qdo o relativismo dos valores não estiver à serviço de intenções particulares. Qdo o nosso sim for sim e o não for não, enquanto isso, se queremos paz, preparemo-nos para a guerra.

Anônimo disse...

Bela homenagem cel... Tomara que, ou os meninos ( já rapazes ou homens pelo tempo) ou algum conhecido leia e vocês possam fazer contato.
Essas histórias são bonitas, mas particularmente não gosto muito de lembrar "os meus mortos" (até porque a primeira lembrança que me vem é de meu pai), não creio que a vida termine com a morte, mas ainda assim fico triste ao lembrá-los.

Um grande abraço,

Anônimo disse...

Muito bacana esse relato.Lembro de boa parte dos que o Sr Citou, ainda cheguei a trabalhar(aprender) com a maioria.Cada um merece entrar pra posteridade, não por uma, mas pelas várias contribuições à sociedade Fluminense.
O que nos une é bem maior do que o que nos separa!
Forte abraço,
Batista Caveira 91

Anônimo disse...

Parabéns pela lembrança e de certo modo homenagem ao Sgt!

2° Sgt PMSC Dioncarlos
Cmt Gu GRT (Grupo de Resposta Tática)
Palhoça- SC.

Mário Sérgio de Brito Duarte disse...

Prezados comentaristas: anônimo, Joana, Carla Cardoso, Maj Batista e Sargento Dioncarlos da valorosa PMSC:
Obrigado por vossos comentários.
Sejam sempre bem-vindos.
Batista, temos seguido caminhos diferentes, é verdade, mas verdadeiramente a história nos une.
Um abraço a todos.

Anônimo disse...

Excelente texto. Parabéns Cel.

Anônimo disse...

Por que peito-liso, que quer dizer?
O que é direito de trincheira?
Patrulha de contato?

Anônimo disse...

Comovente texto, coronel. Meus sinceros sentimentos à família Brazuna.

Mas a emoção, muitas vezes, esconde a razão. Se, como o senhor disse, nesse episódio o pobre Sargento Brazuna não morreu em vão, então, num pragmatismo rápido e estúpido, ele pelo menos deu à vida em troca da de Flávio Negão. Uma troca, convenhamos, infinitamente desigual, levando-se em conta a reposição rápida de flávios negões pelas mesmas matrizes que nunca são desarticuladas e o investimento na formação de um profissional de polícia, representante legítimo do Estado. Perdeu a família; perdeu a polícia; perdeu o Estado; enfim, perdeu feio toda uma sociedade. A conclusão é simples: para usar seus recorrentes termos, houve falhas na “missão”; talvez de planejamento, talvez de execução.

Não obstante o senhor mesmo ter dito em seu texto, “Mas nós tínhamos uma vantagem insuperável: treinamento (incomparável), legitimidade, legalidade e mística”, uma coisa é certa: não tiveram, naquele momento, INTELIGÊNCIA (no planejamento, como apoio, ou na execução). Imagine procurar alguém, sem mandato, sem informações e sem, nem mesmo, saber de quem se tratava, pelo menos fisicamente falando. É, no mínimo, uma loucura! É colocar em risco desnecessário a vida de quem exerce o monopólio legítimo da força para nos defender e que, portanto, deveria fazê-lo de forma eficiente, mas pelo que vi, a realidade é bem diferente. A menos que haja outros motivos, esses bem mais pessoais, como, por exemplo, o ganho simbólico pela bravura da ação (valor mais alto quanto maior for o risco e, havendo morte, então, atinge níveis estratosféricos) e poder contá-la depois, com detalhes emocionados. Mas é o senhor mesmo quem critica essa estratégia nos “vagabundos”, não é verdade? (“As facções perderão sua força, sua representação, seu status simbólico promovedor das hostes que celebram o ódio”).

Todavia, é minha crença ingênua que ainda me faz rogar: Tomara mesmo que a polícia não seja mais assim e que vítores e hugos não precisem mais perder seus pais de forma tão estúpida.

Meus sinceros sentimentos à família Brazuna.

Mário Sérgio de Brito Duarte disse...

Prezado comentarista.
Suas considerações apóiam o que eu sempre defendi, recebendo apoio da maioria dos companheiros de operações especiais com os quais trabalhei: às operações devem preceder um cuidadoso planejamento (sempre que possível, pois existem as emergências nas quais o planejamento é feito em pleno deslocamento para a área de crise).
Em operações noturnas, por exemplo, a surpresa é fator imprescindível, o que na maioria das operações diurnas não se dá e nem se exige, ou, busca-se, até, mas admitindo-se a ostensividade com redobramento nos cuidados táticos que permitam vencer tal desvantagem.
O caso Flávio Negão exigia uma resposta rápida. Vários policiais haviam sido baleados por sua ordem, segundo informações coletadas.
Era preciso pegá-lo logo e várias operações diurnas estavam sendo realizadas sem sucesso. A estrutura do tráfico nas favelas, convém lembrar, facilita-lhe uma excepcional mobilidade e dificilmente encontrávamos um traficante conhecido com paradeiro certo; eles mudavam de "pouso" diariamente, às vezes mais de uma vez ao dia.
Assim, por mais detalhada que seja uma ação o fator "sorte" aparece como componente, como aconteceu na prisão de Escadinha, de Marcinho VP e de outros. Se ele não tem uma "casa", um "endereço" no sentido tradicional, tem pelo menos uma área de atuação ou domínio, e muitas vezes de confinamento.
Operações noturnas não são, pois, inadequadas, pois tem suas vantagens táticas para infiltração e segurança de moradores, inocentes de uma maneira geral, mas nenhum horário garante a segurança total da força legal numa "área vermelha".
E sobre o meu julgamento da morte do valoroso Brazuna, dizendo-a identificada com uma axiologia de sacrifício, o que busco evidenciar é que esse nosso companheiro de lutas e armas estava do lado onde a razoabilidade humana definiu como legal e legítima, fazendo o papel que escolheu.
Valores e símbolos, como você argumenta dialeticamente em sentido contrário, exibindo-os presentes nos criminosos também, para refutar minha tese, são formas que revestem conteúdos; falar deles sem conectá-los é o mesmo que retirar a sensibilidade da matéria.
Concordo contigo, como vês, mas em parte.

Anônimo disse...

Coronel Mario Sérgio,me emocionou muito esse texto e me fez recordar aquele terrível ano.O senhor é uma grande pessoa e não se olvida dos companheiros jamais.
Amigo,me diga aonde posso encontrar o seu livro,pois eu estava fora do Rio de Janeiro.

Anônimo disse...

Coronel Mário Sérgio:

Tenho reparado que o Batalhão de Choque está mudando o seu perfil. Ou seja: estaria ele sa adaptando a nova realidade ( creio que deve ser da sobrecarga de trabalho em cima do BOPE ). Em 2006, foi realizado, o Primeiro Curso de Operações deles. Enfim: claro que ele hoje, não serve apenas para o controle de distúrbio civil ( aliás, faz temo que não temos ). Ele agrega várias formas e por isto mesmo, creio que em breve, irá modificar mais ainda.Existem grandes policiais lá, inclusive, vários caveiras passaram por lá, e de lá saíram.
Já que o senhor falou no Batalhão de Choque, alguns sabem ( é verdade), que o BOPE, nasceu lá, ou seja: Nucoe, COE, CIOE, BOPE ( perdão se errei a ordem ), mas, conversei certa vez com um PM que me disse que antes de 1978 ( antes da criação do Nucoe ), existiu dentro do Batalhão de Choque, um Grupo chamado de "Boinas Pretas" ( fim da década de 70 ), que se destacou á época pela forma de policiamento, á época, pouco comum.
Será que o senhor poderia explicar isto, ou seja: de fato existiram os chamados "Boinas Pretas"?

Grato pela atenção.

Mário Sérgio de Brito Duarte disse...

Bem, sobre o BpChoque e a boina preta não posso garantir, mas parece que na década de sessenta houve uma subunidade do Choque que usou tal uniforme. Isso teria sido por curto tempo, segundo contavam os antigos, pois o uniforme nunca foi aprovado, só ocorrendo posteriormente com o NuCoe (a boina preta) e o BOPE em 1991 (o uniforme).
Ao companheiro que não se identificou, mas que sinaliza havermos servido juntos naquela época, agradeço o comentário e o convido a passar sempre por aqui, no blog.
O livro está esgotado na maior parte das livrarias. Paramos na terceira edição e eu ainda não renovei meu contrato com a editora. Ela não fez a renovação dos estoques nas lojas regulares.
Acho que você ainda o encontra na Saraiva, mas pela internet você ainda compra fácil.
A obra foi bem aceita e as vendas foram muito boas durante dois anos. Claro, impulsionado pelo sucesso do excelente Tropa de Elite, que despertou a atenção da população para a luta do BOPE.

Anônimo disse...

Prezado Coronel!
Obrigado pela Valorosa PMSC!
Sou seu leitor assíduo desde quando era Cmt do BOPE do qual sou fã bem como dos Valorosos Policiais que lá servem e serviram.
Tenho seu livro INCURSIONANDO NO INFERNO e já o lí e reli várias vezes pois gosto muito de Leitura Policial e sei um pouco como é viver Operações Especiais.
Sou Formado em Táticas Policiais no BOPE - PMSC (similar ao CAT-RJ) em 2004 e hoje exerço função de Cmte de Guarnição num Grupo de Resposta Tática do meu Município (http://www.fotolog.com/grtpalhoca)
combatendo a Criminalidade que aqui esta cada vez mais crescente e difícil de se lidar.
(http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=17799631489253521797)

Parabéns pela dedicação e comprometimento com esta instituição PM, mostrando através dos seus textos o que acontece e o que vive um Policial de vocação, suas dificuldades, seus defeitos, suas obrigações e aspirações.

CAVEIRAAAAAAAAAA!!!!
Abraço

2° Sgt PMSC Dioncarlos

Anônimo disse...

Mário Sérgio:

Li a sua resposta ao anônimo acima, mas, sou desta época e queria dizer o seguinte: oficiais como Rangel, Meinicke (para citarmos como ex-cmte do BOPE ), antes, na década de 70 ( 1976-1977 ) então Tenentes , foram os primeiros á incursionarem em áreas de risco como Providência, Rocinha, (claro que a violência na época era menor )e integravam os boinas pretas, sendo assim, eles DE FATO começaram tudo isto, afinal, incursionaram em áreas de risco.

Isto, é o que pelo menos eu sei.

Mário Sérgio de Brito Duarte disse...

Com certeza, as primeiras incursões em favelas ocorreram já na década de setenta, e não de sessenta, e visavam a captura de criminosos formadores de quadrilhas para roubos a bancos etc.
A evolução das quadrilhas de traficantes de drogas para "facção", um termo mais abrangente, que integra ideologia (não revolucionária, mas de dominação) é posterior, já na década de oitenta.
Os valorosos companheiros citados integram o primeiro grupo a operar sistematicamente nas favelas, na consideração de que essas áreas passaram a ser verdadeiramente perigosas.
Até o início da década de setenta o asfalto era muito mais perigoso que a favela. O que havia em relação a esses conglomerados pobres era mito, preconceito. Mas a partir da década de setenta as coisas mudam.

Ao Sargento Dioncarlos, reitero a satisfação de tê-lo por aqui; agradeço as palavras elogiosas sobre meu livro, e desejo-lhe boa sorte sempre e a seus companheiros de jornada.
Torça Dioncarlos, para que as armas de guerra não cheguem para os criminososo daí; elas facilitam a incorporação do ethos de combate e o desenvolvimento de ideologia de crime, essa entidade abstrata que esparge valores de ódio coletivo.
Um abraço

Mário Sérgio de Brito Duarte disse...

Ah, sim! Cliquem no título da matéria.
É um presente para os leitores.

Sérgio Cerqueira Borges disse...

http://br.youtube.com/watch?v=njESqa6H7Ko




ATENTADO A DIGNIDADE HUMANA E AOS DIREITOS HUMANOS.



Fui um dos acusados inocentes da chacina de Vigário Geral em 1993. Preso disciplinar por "não atualizar endereço". No CD (conselho disciplinar /ADM) provei tê-lo informado, entretanto fui excluído pela acusação da chacina. Vários princípios constitucionais do artigo 5º da Constituição da República Federativa Brasileira foram feridos, “O DEVIDO PROCESSO LEGAL”, entre outros.de igual gravidade, como também tratados internacionais ratificados pelo Brasil. Libelado por não informar endereço, entretanto excluído pela chacina sem ser ainda julgado (Tribunal de exceção). No BP-Choque prestei depoimento sob efeito de tranqüilizantes, no CD (conselho disciplinar), com conhecimento dos oficiais, membros. No BP- Choque fomos torturados com granadas de efeito moral às vésperas do depoimento no II TJ, cujos fragmentos foram apresentados à juíza, que enviou a perícia, consta nos autos, mas nada aconteceu conclusivamente. Na véspera do natal de 1993, quando transferido para a POLINTER, protestei aos gritos a injustiça e no curso fui enviado ao hospital de loucos, em Bangu, mas por não ter sido aceito, retornei e, em dias, fui transferido para Água Santa. Neste também fui agredido e informei no dia seguinte em juízo, estando com ferimentos, mas nem fui submetido à perícia. Transferido para o Frei Caneca (UPE), pude ajudar a gravar as fitas com as confissões cujas 23 inocentes puderam alcançar a liberdade e, transferido para o CPI/PM (COMANDO DE POLICIAMENTO DO INTERIOR). Após a perícia das fitas, fui solto provisoriamente; Dei entrevistas me defendendo e tive minha liberdade provisória caçada e enviado ao 12ºBPM, acredito, para me silenciarem. No júri fui absolvido. Meus pedidos de reintegração nunca foram respondidos até há alguns dias, quando um Coronel PM informou via correspondência que meu direito processual havia precuído, esperaram o tempo passar para não discutirem o meu direito material. Tive um filho com 18 anos, assassinado por vingança, tive vários atentados e um deles me aleijou a perna esquerda, com limitação parcial, sofro de diabete, enfartei aos 38 anos, possuo um tumor na tireóide. Tento reintegração em ação rescisória Processo No 2005.006.00322 TJRJ com pedido de tutela antecipada para cirurgia no HPM buscando extração do tumor.Portanto vários atentados à minha dignidade humana e direitos constitucionais indisponíveis foram cometidos. As pessoas responsáveis nunca responderão por diversas prisões de inocentes? Afinal foram 23 inocentes presos (PROCESSO VIGÁRIO I) por quase quatro anos com similares seqüelas. Ajudem-me a resgatar minha dignidade. No menor prazo possível estarei providenciando os documentos, todavia esclarece que alguns destes, foram extraviados, quando sofri o assalto descrito na denúncia, cujos foram levados no carro que me levaram; seria necessário desentranhamento dos meus depoimentos no processo da chacina do II TJ. A injustiça queima a alma e perece a carne!Com fundamentos na CRFB, artigo 5º; 127º; 129º, I, II, e VII; na LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº 106/03, artigos 36º; 37º, I, II, III; 38º, I e III e IV; 39º, VIII e os tratados internacionais de Direitos Humanos, suplico providências para que os transgressores respondam na forma da lei as violências, levando também em conta os Direitos Humanos do noticiante, destas irregularidades.

Sérgio Cerqueira Borges disse...

Coronel,
Necessito resgatar minha dignidade e honra de PM.

Anônimo disse...

Caro Cel Mário Sérgio,faz algum tempo que venho acompanhando o seu blog e de todas as estórias que eu li,concerteza,essa é a mais comovente,até mesmo,porque um querido parente meu é lembrado.Saudações e espero um dia ter a oportunidade de assistir uma de suas palestras e poder te cumprimentar.

Anônimo disse...

Coronel, meus parabéns pela matéria,muito gratificante.Sou pai de um tenente caveira e sei o que é isso.

CAVEIRA PAI

Anônimo disse...

Caro Coronel
Li hoje uma matéria no blog Repórter de Crime, de um "consultor" de segurança pública gaúcho chamado Marcos Rolim.
O senhor poderia dar uma olhada?
O texto dele me fez lembrar dos palpiteiros que o senhor cita.
Que tal um comentário no blog do JAB?

Mário Sérgio de Brito Duarte disse...

Mais uma vez agradecendo os comentaristas do blog, asseguro-lhes da minha satisfação de tê-los aqui e, particularmente, considero:
1. Quanto ao comentarista Sérgio, cuja vida acabou definitiva e historicamante ligada a Vigário Geral (como a minha também, embora em circunstâncias diferentes), torço para que seus esforços por justiça recebam a acolhida do "espírito de justiça e verdade". Se há algo que ninguém mais dúvida nos nossos dias, é do amontoado de irreparáveis injustiças que foram cometidas contra Policiais Militares acusados preciptadamente no caso exposto. A chacina foi uma abjeta, desumana e igualmente irreparável ação de uma malta estúpida. Todavia, só, e somente, só poderiam pagar por ela, os verdadeiros envolvidos. O tempo se encarregou de exibir inocentes e, como você informa, por provas coletadas pelos próprios acusados. Agora, veja bem Sérgio, o que sei a seu respeito é o que está relatado. Disse aqui e reitero:espero que a justiça te alcance e te acompanhe, como sei que eu e ninguém podemos fugir dela. Onde erro, e errei, não escaparei do julgamento e penalidade. Torço para que, a verdade estando do teu lado, você possa não apenas reconquistar tua honra como Policial Militar, mas levá-la consigo até os teus últimos dias, sobre os quais também desejo-lhe longos e em paz.
2. Ao Pai Caveira e ao comentarista que disse que teve um parente citado, obrigado por passarem por aqui; espero que ambos familiares estejam bem; e,
3. Ao comentarista que me convida a ler o Repórter de Crime, já fiz isso. Aliás, eu o leio sempre. Não vou comentar lá. Estou pensando em escrever sobre o que o consultor escreveu, por aqui mesmo.
Abraço a todos.

Anônimo disse...

Vamos bem,apesar de tudo,ainda acreditamos no trabalho da Polícia e torcemos para que vocês consigam melhores condições de trabalho e um salário digno.Que Deus os proteja.E a vida continua.Vida após á morte.Até mais...

Anônimo disse...

Coronel, nasci em janeiro de 1977, aproximadamente a mesma data de fundação do Bope, meu pai ajudou o Bope a nascer, pois foi um dos primeiros caveiras da Tropa de Elite. Tenho certeza de que o senhor conheceu o "Retameiro"(meu pai). Muitos nomes citados eu conheci e outros ouvi falar. Lembro vagamente desta operação. Me emocionei ao ler seu relato, e lembrei-me do meu pai falecido a quase dois anos. Um homem que amava o Bope, que trouxe o Bope para nossos convivio familiar. Estou interessadíssima em adquirir este livro que ao me parecer trará um pouco do verdadeiro Bope. Poucos sabem a verdade sobre o Bope, muitos deturpam, aliás meu pai foi para o tumulo levando muitos segredos.
Parabéns ao senhor e sucesso.
Meu respeito. Gleice.

Mário Sérgio de Brito Duarte disse...

Prezada Gleice
Postei seu comentário anterior feito no meu blog específico do livro.
Gostaria que visses, pois, lá, explicitei todo apreço que tenho por seu saudoso pai; um grande homem, um verdadeiro combatente.
Gostaria que você escrevesse para meu e-mail diretamente (caveira37@yahoo.com.br),com um endereço de e-mail seu, pois pretendo mandar o livro para você em justa homenagem ao grande Retameiro.

Anônimo disse...

Conheci Brazuna ainda no CEFAP e ali no 23º pelotão de maio de 1980 ja sabiamos que seria um dos poucos que se salvariam daquela malfadada seleção...como ele sempre dizia tomabaria no estrito cumprimento do dever legal....Salve o Russo como o chamavamos Vida eterna

Anônimo disse...

Fico feliz em saber que meu marido ainda é lembrado com carinho e respeito pelos seus colegas de trabalho.
Faz 14 anos...
Lembro de cada instante...
Cheguei pedir a Deus para que me fizesse dormir, pois havia uma força estranha que impedia...
Vejo minha amiga, no portão, chamando-me para avisar que o Brazuna estava ferido. E, logo em seguida.... homens do Bope entrando com mais uma missão... a de comunicar o falecimento de um de seus companheiros. Não foi preciso sequer uma palavra. Cada olhar me confirmava o fato. Então, desmaiei...
Não recebi nada do que o “governo Marcelo Alencar” prometera... Mas nada paga ou apaga a dor e a lembrança da perda de um AMIGO. Isso mesmo, Brazuna não era apenas um policial. Era companheiro, minha força! Honestidade acima de tudo! Fazendo jus a todos os elogios!
Busquei em Deus a força que encontrava nele.
Superei muitos obstáculos... Mas, meu objetivo maior era fazer de meus filhos, homens dignos. Que buscassem em Deus todas as respostas que eu não pude dar no momento.
Hoje estão formados e trabalhando.
O menor, a princípio, queria ser policial. Não dei força. Talvez com medo de mais uma perda. Não suportaria!
Os dois são e sempre serão minha única razão para estar hoje “de pé” e de cabeça erguida.
Gostaria muito de ter notícias do Brazuna na espiritualidade, mas ainda não consegui esta graça. Porém tenho certeza de que um dia iremos nos encontrar.
Sucesso com seu livro e que o senhor possa escrever mais e mais livros, não apenas contando momentos tristes como o meu, mas sim, sobre vitórias alcançadas em relação a nossa segurança.
Obrigada e...
Que Deus nos abençoe!

Unknown disse...

Coronel Mário Sérgio,


Sou irmão do Sgto. Brazuna, me chamo Bruno e tinha apenas 13 anos na época e a morte do meu irmão me chocou muito e até hoje sinto sua morte como se fosse ontem.
Nada melhor que o tempo para amenizar a dor, porém ela será eterna, assim como o orgulho de nossa família com meu irmão.
Hoje tenho um filho de 7 anos e faço questão de mostrar a ele quem foi meu irmão e sua bonita história na polícia militar.
Uma instituição que admiro muito e que cada vez mais, infelizmente, vem sendo defamada pela imprensa e sociedade, mas que só quem tem algum parente na PM sabe como é o dia dia de vocês.
Li o blog do senhor junto com um dos filhos do meu irmão, HUGO, pois o Victor já havia lido a pouco tempo e todos nós ficamos muito emociados e gratos pelo relato senhor.
Ambos hoje em dia já estão formados e só não seguiram a carreira do PAI a pedido da Mãe, com o medo de acontecer nova trag´´edia na família
Com certeza seu exemplo ficará guardano pro resto de nossas vidas e tenho fé que um dia nós ficaremos frente a frente de novo.

Forte abraço e que DEUS te ilumine.

Bruno Brazuna

Mário Sérgio de Brito Duarte disse...

Prezada dona Angela, prezado Bruno, prezado Hugo.
Foi com muita emoção que vi hoje vossos comentários no blog.
Já na semana passada eu havia recebido um e-mail do Victor, quando passei o número do meu celular para ele, por e-mail.
O Victor ainda não me ligou, mas espero que ele o faça.
Reitero meu respeito pela memória do Brazuna; um grande homem, um grande combatente, um grande amigo.
Aguardando a oportunidade de abraçá-los pessoalmente, encerro.
Força e honra!

Bruna disse...

Olá Coronel Mário Sérgio!

Tive a oportunidade de ler essa homenagem e passar para o Vitor.
Fiquei muito emocionada e, com certeza, ele também.
Não sei se ele já entrou em contato, mais o recado foi dado.
Se ele não tiver entrado em contato e o Sr. precisar de mais informações o meu email é:
bruna.rcavalcanti@gmail.com

Fique com Deus.

Anônimo disse...

Olá Coronel Mário Sérgio, sou uma amiga do Hugo Brazuna dos tempos da escola, li seu relato e fiquei impressionada com a coragem q ele e vcs tem e como foi q aconteceu esse horrível episódio, mais impressionada ainda pois ele realmente foi um herói e cumpriu sua missão, seu falecimento não foi em vão.
Fiquei sabendo desse fato por acaso em uma aula q tivemos e o Hugo estava presente há alguns anos atras, ele ficou abalado, lógico, mas saiba q ele está bem, é uma ótima pessoa, um homem de bem e com certeza mesmo triste tem muito orgulho de seu pai!!!
Espero q um dia esse lado ruim da humanidade não exista mais e possamos viver tranquilos. E o Sargento Brazuna é um dos heróis dessa história.

Abraços...

Sérgio Cerqueira Borges disse...

ATENTADO A DIGNIDADE HUMANA E AOS DIREITOS HUMANOS.



Fui um dos acusados inocentes da chacina de Vigário Geral em 1993. Preso disciplinar por "não atualizar endereço". No CD (conselho disciplinar /ADM) provei tê-lo informado, entretanto fui excluído pela acusação da chacina. Vários princípios constitucionais do artigo 5º da Constituição da República Federativa Brasileira foram feridos, “O DEVIDO PROCESSO LEGAL”, entre outros.de igual gravidade, como também tratados internacionais ratificados pelo Brasil. Libelado por não informar endereço, entretanto excluído pela chacina sem ser ainda julgado (Tribunal de exceção). No BP-Choque prestei depoimento sob efeito de tranqüilizantes, no CD (conselho disciplinar), com conhecimento dos oficiais, membros. No BP- Choque fomos torturados com granadas de efeito moral às vésperas do depoimento no II TJ, cujos fragmentos foram apresentados à juíza, que enviou a perícia, consta nos autos, mas nada aconteceu conclusivamente. Na véspera do natal de 1993, quando transferido para a POLINTER, protestei aos gritos a injustiça e no curso fui enviado ao hospital de loucos, em Bangu, mas por não ter sido aceito, retornei e, em dias, fui transferido para Água Santa. Neste também fui agredido e informei no dia seguinte em juízo, estando com ferimentos, mas nem fui submetido à perícia. Transferido para o Frei Caneca (UPE), pude ajudar a gravar as fitas com as confissões cujas 23 inocentes puderam alcançar a liberdade e, transferido para o CPI/PM (COMANDO DE POLICIAMENTO DO INTERIOR). Após a perícia das fitas, fui solto provisoriamente; Dei entrevistas me defendendo e tive minha liberdade provisória caçada e enviado ao 12ºBPM, acredito, para me silenciarem. No júri fui absolvido. Meus pedidos de reintegração nunca foram respondidos até há alguns dias, quando um Coronel PM informou via correspondência que meu direito processual havia precuído, esperaram o tempo passar para não discutirem o meu direito material. Tive um filho com 18 anos, assassinado por vingança, tive vários atentados e um deles me aleijou a perna esquerda, com limitação parcial, sofro de diabete, enfartei aos 38 anos, possuo um tumor na tireóide. Tento reintegração em ação rescisória Processo No 2005.006.00322 TJRJ com pedido de tutela antecipada para cirurgia no HPM buscando extração do tumor.Portanto vários atentados à minha dignidade humana e direitos constitucionais indisponíveis foram cometidos. As pessoas responsáveis nunca responderão por diversas prisões de inocentes? Afinal foram 23 inocentes presos (PROCESSO VIGÁRIO I) por quase quatro anos com similares seqüelas. Ajudem-me a resgatar minha dignidade. No menor prazo possível estarei providenciando os documentos, todavia esclarece que alguns destes, foram extraviados, quando sofri o assalto descrito na denúncia, cujos foram levados no carro que me levaram; seria necessário desentranhamento dos meus depoimentos no processo da chacina do II TJ. A injustiça queima a alma e perece a carne!Com fundamentos na CRFB, artigo 5º; 127º; 129º, I, II, e VII; na LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº 106/03, artigos 36º; 37º, I, II, III; 38º, I e III e IV; 39º, VIII e os tratados internacionais de Direitos Humanos, suplico providências para que os transgressores respondam na forma da lei as violências, levando também em conta os Direitos Humanos do noticiante, destas irregularidades.


ATTEMPTED AGAINST THE DIGNITY HUMAN BEING AND TO THE HUMAN RIGHTS. I was one of the defendant innocent of the slaughter of General Vicar in 1993. Prisoner to discipline for “not bringing up to date address”. In the COMPACT DISC (advice to discipline /ADM) I proved to have informed it, however I was excluded by the accusation of the slaughter. Some principles constitutional of the article 5º of the Constitution of the Brazilian Federative Republic had been wounded, “DUE PROCESS OF LAW”, among others .de equal gravity, as well as treated international ratified by Brazil. Articulated for not informing address, however excluded for the slaughter without still being judged (Court of exception). In BP-Shock I gave deposition under effect of tranqüilizantes, in the COMPACT DISC (advice to discipline), with knowledge of the officers, members. In the BP- Shock we were tortured with garnet of moral effect to the eves of the deposition in II the TJ, whose fragmentos had been presented the female judge, who sent the skill, consist in files of legal documents, but nothing it happened conclusive. In the eve of the Christmas of 1993, when transferred to the POLINTER, I protested to the shouts the injustice and in the course I was sent to the hospital of insane people, in Bangu, but for not having been accepted, I returned e, in days, I was transferred to Water Saint. In this also I was attacked and I informed in the following day in judgment, being with wounds, but nor I was submitted to the skill. Transferred to Frei Caneca (UPE), I could help to record ribbons with the confessions whose 23 innocents had been able to reach the freedom and, transferred to the CPI/PM (COMANDO DE POLICIAMENTO OF the INTERIOR). After the skill of ribbons, I was untied provisorily; I gave interviews defending me and I had my free on parole hunted and envoy to 12ºBPM, believe, to be silenced. In the jury I was acquitted. My order of reintegration had been never answered until has some days, when a Colonel p.m. informed way correspondence that my procedural law had pretakes care of, had waited the time to pass not to argue my material right. I had a son with 18 years, assassinated for revenge, had several attempted against and one of them it crippled me the left leg, with partial limitation, I suffer from diabetes, I glutted to the 38 years, I possess a tumor in tireóide. I try reintegration in action for rescission Process In the 2005.006.00322 TJRJ with order of anticipated guardianship for surgery in the HPM searching extration of the tumor. Therefore several attempted against to my dignity unavailable human being and constitucional laws had been committed. The responsible people never will answer for diverse arrests of innocents? After all they had been 23 imprisoned innocents (PROCESS VICAR I) per almost four years with similar sequels. They help to me to rescue it my dignity. In the lesser possible stated period I will be providing documents, however it clarifies that some of these, had been embezzled, when I suffered the described assault in the denunciation, whose they had been led in the car that had taken me; it would be necessary removal of my depositions in the process of the slaughter of II the TJ. The injustice burns the soul and perishes the meat! With beddings in the CRFB, article 5º; 127º; 129º, I, II, and VII; in the COMPLEMENTARY LAW STATE Nº 106/03, articles 36º; 37º, I, II, III; 38º, I and III and IV; 39º, VIII e os tratados internacionais de Direitos Humanos, suplico providências para que os transgressores respondam na forma da lei as violências, levando também em conta os Direitos Humanos do noticiante, destas irregularidades.


ATTENTÉ LA DIGNITÉ HUMAINE ET AUX DROITS HUMAINS. J'ai été un des accusés innocents de la tuerie de Vicaire Général en 1993. Arrêté il discipliner par « ne pas moderniser adresse ». Dans le COMPACT DISC (Conseil disciplinaire /ADM) j'ai prouvé l'avoir informé, néanmoins ai été exclu par l'accusation de la tuerie. Plusieurs principes constitutionnels de l'article 5º de la Constitution de la République Fédérative Brésilienne se sont blessés, « la DUE PROCÉDURE LÉGALE », entre autres .de égale gravité, comme aussi traités des internationaux ratifiés par le Brésil. Articulé ne pas informer adresse, néanmoins exclu par la tuerie sans être encore jugé (Tribunal d'exception). Dans le BP-Choque j'ai prêté dépôt sous effet de tranqüilizantes, dans le COMPACT DISC (Conseil disciplinera), avec connaissance des agents, des membres. Dans la BP- Choc nous avons été torturés avec des grenades d'effet moral aux veilles du dépôt dans II TJ, dont les fragments ont été présentés la juge, qui a envoyé de l'habileté, consistent nous actes, mais rien il n'est pas arrivé concluantement. La veille du Noël de 1993, quand transféré pour POLINTER, je proteste aux cris l'injustice et en le cours j'ai été envoyé à l'hôpital de fous, dans Bangu, mais ne pas avoir été accepté, je suis retourné et, des jours, j'ai été transféré pour Eau Saint. Dans celui-ci aussi j'ai été agressé et ai informé le jour suivant dans jugement, en étant avec des blessures, mais ni j'ai été soumis à l'habileté. Transféré pour le Frei Canette (UPE), j'ai pu aider à enregistrer les rubans avec les confessions dont les 23 innocentes ont pu atteindre la liberté et, transféré pour la CPI/PM (COMANDO DE POLICIAMENTO de l'INTÉRIEUR). Après l'habileté des rubans, j'ai été libéré provisoirement ; J'ai donné des entrevues en me défendant et ai eu ma liberté provisoire chassée et envoyée à la 12ºBPM, crois, pour que se fassent taire. Dans le jury j'ai été acquitté. Mon des demandes de réintégration jamais ont été répondus jusqu'à ont quelques jours, quand un Colonel pm a informé manière correspondance que mon droit processif avait precuído, ont attendu le temps passer pour ne pas discuter mon droit matériel. J'ai eu un fils avec 18 ans, assassiné par vengeance, ai eu plusieurs attentats et un d'eux m'a blessé la jambe gauche, avec limitation partielle, souffre de diabète, ai engorgé à 38 ans, possède une tumeur dans la tireóide. J'essaye réintégration dans action rescisoire Processus Dans 2005.006.00322 TJRJ avec demande de tutelle anticipée pour chirurgie dans HPM en cherchant extraction de la tumeur. Donc plusieurs attentats à ma dignité humaine et droits constitutionnels indisponibles ont été commis. Les personnes responsables jamais ne répondront pas par de diverses prisons d'innocents ? Ils après tout ont été 23 innocents emprisonnés (PROCESSUS VICAIRE I) par presque quatre ans avec de semblables s3quelles. Ils me aident à sauver ma dignité. Dans un moindre délai possible je fournirai les documents, néanmoins il éclaircit que certains de ceux-ci, ont été détournés, quand j'ai souffert l'assaut décrit dans la dénonciation, dont ils ont été pris dans la voiture qui m'ont prise ; ce serait nécessaire élimination de mes dépôts dans le processus de la tuerie de II TJ. L'injustice brûle l'âme et périt la viande ! Avec des fondements dans CRFB, article 5º ; 127º ; 129º, I, II, et VII ; la LOI COMPLÉMENTAIRE DE L'ÉTAT Nº 106/03, articles 36º ; 37º, I, II, III ; 38º, I et III et IV ; 39º, VIII e os tratados internacionais de Direitos Humanos, suplico providências para que os transgressores respondam na forma da lei as violências, levando também em conta os Direitos Humanos do noticiante, destas irregularidades.

http://odia.terra.com.br/blog/blogdaseguranca/200808archive001.asp

http://www.wanderbymedeiros.blogspot.com/

Vigário Geral: tragédias por todos os lados
Por Gustavo de Almeida


Nesta sexta-feira, completaram-se 15 anos da triste chacina de Vigário Geral, quando 21 inocentes foram assassinados da forma mais insana possível, em uma vingança sangrenta que tomou conta do noticiário internacional. A Ordem dos Advogados do Brasil, seção Rio, lembrou a data, mas já é possível perceber que aos poucos a cidade vai deixando as trágicas lembranças da chacina para trás. Os atos vão sendo esvaziados. O noticiário na TV vai ficando mais ralo, e até mesmo os nomes de mortos e matadores vão sendo menos escritos. Até mesmo um dos matadores foi morto em maio, sem que se fizesse muito alarde disto.
Vigário Geral e o Rio de Janeiro se refletem em um espelho, quando somam impunidade e injustiça.
Uma das parentes de vítima teve a indenização negada no fim do ano passado pela Justiça, sem maiores explicações. É obrigação do Estado recorrer, como manda a lei. Mas surpreendeu que em última instância a vítima tenha perdido. É inexplicável. Trata-se de uma senhora que até hoje vive em Vigário, sem maiores perspectivas. Não sabe nem que a vida lhe foi injusta. Já não sabe o que é vida.
Poucos sabem, mas há um PM no caso de Vigário Geral que acabou se tornando vitima. Trata-se de Sérgio Cerqueira Borges, conhecido como Borjão.
Borjão foi um dos presos que em 1995 já eram vistos como inocentes, colocados no meio apenas por ser do 9º´BPM. A inocência de Borjão no caso era tão patente que ele inclusive foi o depositário de um equipamento de escuta pelo qual o Ministério Público pôde esclarecer diversos pontos em dúvida.
Borjão foi expulso da PM antes mesmo de ser julgado pela chacina. Era preso disciplinar por "não atualizar endereço".
Borjão conta até hoje que deu depoimento em seu Conselho de Disciplina sob efeito de tranqüilizantes, ainda no Batalhão de Choque. Seus auditores sabiam disto. "No BP-Choque, fomos torturados com granadas de efeito moral as vésperas do depoimento no 2º Tribunal do Júri, cujos fragmentos foram apresentados à juíza, que enviou a perícia. Isto consta nos autos, mas nada aconteceu", conta Borjão, hoje sem uma perna e com a saudade de um filho, assassinado em circunstâncias misteriosas, sem que ele nada pudesse fazer.
"No Natal fui transferido para a Polinter. Protestei aos gritos contra a injustiça. e Me mandaram para o hospital psiquiátrico em Bangu mas, por não ter sido aceito, retornei e em dias fui transferido para Água Santa. Lá também fui espancado e informei no dia seguinte em juízo, estando com diversos ferimentos, mas sequer fiz exame de corpo delito. Transferido para o Frei Caneca, pude ajudar a gravar as fitas com as confissões e em seguida fui transferido para o Comando de Policiamento do Interior. Após a perícia das fitas fui solto. Dei entrevistas me defendendo e tive minha liberdade provisória cassada e me mandaram para o 12ºBPM a fim de me silenciarem. No júri, fui absolvido. Meus pedidos de reintegração à PM nunca foram respondidos".
A história de Borjão ao longo de todos estes 15 anos só não supera mesmo a dor de quem perdeu alguém na chacina. Mas eu não estaria exagerando se dissesse que Sérgio Cerqueira Borges acabou se tornando uma vítima de Vigário Geral. "Tive um filho com 18 anos assassinado por vingança. Sofri vários atentados e um deles, a tiros, me fez perder parcialmente os movimentos da perna esquerda. Sofro de diabete, enfartei aos 38 anos e vivo com um tumor na tireóide. Hoje em dia tento reintegração à PM em ação rescisória, o processo é o número 2005.006.00322 no TJ, com pedido de tutela antecipada para cirurgia no Hospital da PM para extração do tumor. Portanto, vários atentados à dignidade humana foram cometidos. As pessoas responsáveis nunca responderão por diversas prisões de inocentes? Afinal foram 23 inocentes presos por quase quatro anos com similares seqüelas. A injustiça queima a alma e perece a carne!", desabafa Borjão.
Borjão hoje conta com ajuda da OAB para lutar por sua reintegração. Mas o desafio é gigantesco.
Triste ironia do destino: o policial hoje mora em Vigário, palco da tragédia que o jogou no limbo.
A filha dele, no entanto, me contou há alguns dias que não houve tempo suficiente para esperar pela Justiça e pela PM - Borjão teve que operar às pressas o tumor na tireóide no Hospital Municipal de Duque de Caxias. A cirurgia foi bem. Sérgio Cerqueira Borges vai sobreviver mais uma vez.
Sobreviver de forma quase tão dura como os parentes de 21 inocentes, estas pessoas que sobrevivem mais uma vez a cada dia, a cada hora. No Rio de Janeiro é assim: as tragédias têm vários lados e a tristeza de quem tem memória dificilmente se dissipa. Pelo menos nesta data, neste 29 de agosto que nos asfixia.


POSTADO POR: Gustavo de Almeida às 19:38 :: Arquivado Comentário (22)
Vigário Geral
Eu e o Cel Laranjeiras conhecemos a verdadeira história. Na época me rebelei durante as investigações e fui perseguido por dois anos. Meu depoimento em Juízo absolveu oito policiais militares e um policial civil. A política do governo na época era dar uma satisfação a sociedade foram cometidas inúmeras ilegalidades, as quais enumerei em Juízo. Peça a nossa amiga em comum que eu lhe conto a verdaeira história.
Eduardo
Eduardo (ejas@oi.com.br)
Sab, 30 Ago 2008 00:14:54 GMT
BASTA SER PM PARA SER CULPADO
Quando ocorrem fatos dessa natureza, desperta-se o clamor público por punição aos culpados, então os responsáveis pela investigação, diante da enorme pressão,acabam fazendo as coisas atabalhoadamente. Quem se lembra do PM e evangélico ?
aquele, que por ser negro, foi apontado erroneamente como um dos culpados no caso dos meninos da candelária, em uma investigação de um Coronel da PM, ficando preso injustamente, até que se descobrisse que ele era inocente.
Anônimo
Sab, 30 Ago 2008 07:47:10 GMT
Um dia qualquer a grande imprensa terá de assumir para si a responsabilidade de investigar e divulgar a VERDADE do que houve naqueles tempos malditos. Num país que pretende se tornar um "Estado Democrático de Direito" é fundamental que exista uma imprensa livre, investigativa e compromissada com a VERDADE, mesmo passada. Foram tão teratológicas as injustiças praticadas contra aqueles que foram selecionados como "gado" para responder pela chacina de Vigário Geral, que nenhum dinheiro será capaz de repará-las nem afago algum trará de volta os que morreram com a mácula de um crime terrível que não cometeram. Pois pior ainda foi a solução: o assassinato moral de policiais inocentes, que antes de perderem o corpo tiveram suas almas torturadas num dos maiores absurdos já havidos na justiça brasileira. Pior ainda é que todos os grandes nomes da mídia sabem que a chacina de Vigário Geral tornou-se "Conto do Vigário Geral" nas ondas do clamor público. Agora não há mais clamor. O que falta, então, para reconstituir a VERDADE? Nada! Não falta nada! Há, principalmente, centenas de denúncias forjadas, que a Justiça apurou e confirmou, uma a uma. Falta, sim, apontar os vilões da história, os "chacinadores" da moral alheia. E, principalmente, falta a sociedade saber que não há um só réu condenado pela chacina de Vigário Geral. O tenebroso crime ficou impune, ou melhor, teve o acréscimo de muitos inocentes igualmente chacinados pelo sistema governamental. Mas o desafio permanece e cabe à imprensa restaurar a VERDADE DOS FATOS. Não sendo assim, só resta amargar a morte da alma dos "mortos em vida" e lamentar os "mortos e enterrados". Eis um crime em que só houve vítimas: 04 PMs trucidados por traficantes, 21 favelados assassinados cruelmente, e 33 inocentes imolados em igual crueldade para salvar os verdadeiros responsáveis pela anomia que imperava absoluta no RJ dos tempos da maldição brizolista. Na luta entre os rotos e os esfarrapados, sobraram os trapos humanos. O Borjão é apenas um exemplo, única voz que ainda tem força para clamar por justiça! Que seja ele ouvido!

Emir
Emir Larangeira (emirlarangeira@hotmail.com)
Sab, 30 Ago 2008 09:49:26 GMT
No Brasil, quem julga é a imprensa, ela escolhe os culpados e os inocentes, depois que a pessoa é desmoralizada, massacrada na mídia, é tarde demais prá se recuperar. Pior é a Polícia se deixar envolver com essa irresponsabilidade.
Marli Moraes (marlimoraess@yahoo.com.br)
Dom, 31 Ago 2008 06:51:13 GMT
ESSA TAL DEMOCRACIA......
É verdade que o melhor do ser humano é a sua consciência, ou seja, o direito que tem de se expressar livremente para poder realmente "vivenciar a vida" e assim contribuir para um melhor amanhã para si e principalmente para os que virão. E foi isso que nos prometeram esse grupo de mandatários, líderes políticos, que calcados naquilo que diziam serem os valores éticos e morais de uma sociedade alçaram as mais altas e importantes camadas do Poder Público, também prometendo que à partir daquela época viveríamos num país melhor.
Passaram-se anos e diversificados partidos e seus líderes políticos tiveram a oportunidade de demonstrar que era sim possível a existência de um novo Brasil - um acertado pais para todos os brasileiros, feito à partir dos erros que não mais se repetiriam.

Infelizmente nada disso aconteceu e basta um novo pleito eleitoral para que as mesmas promessas do passado sejam copias repetidas, embora decorrido mais que 20 anos que tenham vindo à baila pela boca de dos referidos ou dos seus antecessores, muitos deles seus pais avós ou tios.
Essas cinqüenta e uma vítimas da chacina de Vigário Geral representam toda essa ineficácia desse Estado Brasil, ou melhor, significam a inexistência do próprio Estado, muito menos no afamado "estado democrático de direito" que eles, os mandatários desta nação (também com letra minúscula) insistem dizer existir à população. E nesse cinismo deslavado dos nossos mandatários outras chacinas são cometidas dia após dia sem que ao menos nos demos conta.
Essa tal democracia, que na verdade é uma anarquia, mata diariamente gente e mentes, pois ao contrário do que prometeram jamais disponibilizaram aos menos favorecidos condições dignas de educação e saúde e muito menos ainda de segurança. Muitos, velhos jovens e criança, morrem sem terem a oportunidade de um tratamento médico eficaz; relegados a uma casta de incapazes de toda ordem as crianças e os adolescentes têm suas mentes assassinadas pelo simples fato de nascerem pobres, pois o sistema educacional sequer ensina o beabá e a aritmética fundamental que o livrará do analfabetismo - e tome-lhe camisinhas e bate rebate na lata.
E o que tudo isso tem a ver com o Borjão?
O Borjão representa todos os policias que são vítimas desse fracasso social dessa mentirosa tal democracia - não ele, mas o que fizeram com ele. Em pleno "estado democrático de direito" Borjão foi preso, processado, torturado e julgado sem a prova necessária para que isso tivesse ocorrido - foi excluído da sua condição de cidadão pelo simples fato de ser policial militar e um pseudo-suspeito da participação de um crime que até hoje não foi apurado. Pior ainda, esse "estado democrático de direito" que tanto luta pelo reconhecimento do direito(?) dos "guerrilheiros" e rapidamente a eles concede polpudas indenizações, nega reconhecer que errou e deixam de conceder ao Borjão aquilo que, cruel e injustamente, lhe tiraram, a dignidade, a honra e o direito que ele tinha de ser Policial.
Quem acreditar nessa "tal democracia e em seus representantes" que vote.
Laecio (laealsi@yahoo.com.br)
Dom, 31 Ago 2008 13:04:19 GMT
OS PRIVILÉGIOS DO PODER EXECUTIVO
Os deputados estaduais deveriam fiscalizar os atos do executivo. porque não o fazem? Justamente porque se tornaram apêndice do governo do estado!!!

Porque os deputados que vieram da instituição POLÍCIA não fazem nada por aqueles que lá permaneceram?

Porque em vez de colocar oficiais e delegados os familiares dos praças não elegem também um praça para lutar pelos seus objetivos?

A política é o meio mais fácil para conseguirmos os nossos objetivos. Separados não somos nada, entretanto, juntos somos uma força gigantesca com capacidade de mudar o rumo da história!!!

Se pararmos de reclamar e nos organizarmos politicamente facilmente chegaremos aos nossos objetivos! Difícil é convencer as pessoas do óbvio!

A palavra mágica é OBJETIVO, e quando for descoberto pelos policiais certamente vão parar de reclamar e construir a sua independência!

Imaginem uma campanha de esclarecimento e comprometimento realizada durante dois anos. Facilmente esta categoria terá pelo menos dois deputados na próxima administração publica de nosso estado!

Aí sim, poderão gozar dos privilégios do PODER LEGISLATIVO, que tem por obrigação fiscalizar os atos do poder executivo!!!

Pena que são desorganizados...
Vanguarda (vanguarda@gmail.com)
Dom, 31 Ago 2008 18:23:50 GMT
LINDO TEXTO DE UMA MÍDIA CONCORRENTE
Vigário Geral, 15 anos depois

Só vi a OAB-RJ realizar um ato pelos 15 anos da Chacina de Vigário Geral, sexta-feira passada. Senti falta de uma grande manifestação, lembrando desse massacre contra 21 moradores da favela, todos trabalhadores, por um grupo de 50 policiais militares, em sua maioria integrantes da famigerada quadrilha apelidada de Cavalos Corredores, um subgrupo de policiais do 9o BPM (Rocha Miranda). Mas se hoje nem os seis mil homicídios anuais do Rio são suficientes para tirar as pessoas de casa, imagine uma chacina de 21 pessoas pobres e praticamente anônimas, que ocorreu há 15 anos. A falta de atos em memória da barbárie definitivamente contribui para reduzir a nossa memória pessoal dos fatos. Eu mesmo, que acompanho o tema, me confundi. Achei que faria 15 anos hoje, mas na verdade foi ontem, dia 30 de agosto.

A chacina ocorreu na madrugada de 30 de agosto de 1993 e não 29 de agosto - como podem pensar, durante o governo Brizola. O prefeito já era Cesar Maia. Ela teria sido motivada como represália de policiais ligados a quatro PMs que foram mortos por bandidos daquela favela, durante um "acerto" mal acabado, na Praça Catolé do Rocha. Vivíamos, de certo modo, tempos piores do que os atuais, quando as mortes de policiais eram vingadas da maneira mais sórdida.

Naquela época eu já trabalhava mais na edição, estava me afastando das ruas. Era editor-assistente do "Jornal do Brasil", onde o editor de cidade era o mestre Altair Thury. A imagem mais marcante para mim foi a da foto em seis colunas, ocupando um extremo ao outro da primeira página, sob a manchete de duas linhas, do mesmo tamanho da fotografia: os corpos nas gavetas do IML colocados lado a lado. Não tenho certeza, mas muito provavelmente foi idéia de algum fotógrafo, que aproveitou um descuido do pessoal do rabecão (os bombeiros ainda não haviam entrado nesse trabalho, se não me falha a memória). Hoje, muito provavelmente as autoridades de plantão não teriam dado esse "mole" e permitido a visualização de duas fileiras de gavetas com cadáveres de uma chacina. As gavetas, alinhadas, estão cercadas por curiosos e moradores, coisa rara também de se ver em áreas pobres. O normal seria que ninguém se aproximasse e muito menos manifestasse indignação, temendo mais represálias.

Só que a chacina chocou o país e exigiu dos governantes medidas rápidas, que resultaram até em injustiças contra policiais militares (a maioria dos envolvidos, porém, continua impune). Como se tentasse evitar que as mortes fossem em vão, Vigário Geral produziu também uma reação da sociedade, jamais vista no Rio. Seu impacto acelerou o surgimento de movimentos sociais como o Viva Rio, que em dezembro de 93, organizou a primeira grande manifestação pública contra a violência na cidade. Do hediondo crime, nasceu também um dos mais eficientes movimentos de resgate da cidadania nas favelas, o AfroReggae, que cresceu e gerou frutos na luta antiviolência. O massacre também resultou num livro emblemático do grande Zuenir Ventura, que nos recompensou com um título que passou a resumir a realidade carioca: Cidade Partida.

Vigário Geral, porém, não ajudou a mudar tudo. Treze anos depois, em 31 de março, ocorria novo recorde fúnebre: 29 mortos novamente por uma quadrilha de PMs, no massacre que ficou conhecido como Chacina da Baixada, que entra ano e sai ano, a gente nem lembra mais.
james bond (jamesbond666@hotmal.com)
Dom, 31 Ago 2008 21:07:12 GMT
Vigário Geral
Concordo plenamento com o amigo Larangeira. A imprensa deveria de publicar a verdadeira versão e não a produzida no governo do Brizola. Coloquei-me a disposição do autor do texto inicial. Mesmo não conhecendo os PM´s eleitos para responder pelo crime ofereci-me espontaneamente para testemunhar o que presenciei, mesmo sabendo o que encontraria pela frente.Não me arrependo da decisão tomada há época, simplesmente,a tomei porque ia de encontro aos meus princípios. Por lado valeu a pena.Foi quando iniciou-se a minha amizade com o Larangeira e outros PM`s injustiçados.
Um abraço ao amigo Larangeira.
Eduardo (ejas@oi.com.br)
Dom, 31 Ago 2008 23:43:09 GMT
Caro Eduardo

Pouca gente como você conhece os bastidores da trapaçaria urdida pelo sistema naquela época. Você foi um dos poucos que se rebelaram contra os membros do sistema e recebeu o seu castigo por isso. Hoje eu li nos jornais que farão um filme sobre Vigário Geral. A nota de O GLOBO informa que a "roteirista" é a Dra. Cristina Leonardo. Por aí já se imagina a tônica do que virá. Estarei de prontidão, aguardando, porque hoje a situação é outra. Qualquer mentira divulgada encontrará uma decisão judicial contestando-a e os processos de reparação talvez sejam necessários. Por mim, não desisto de bombardear esses "arapongas" e aproveitadores da desgraça alheia. Irei assim até meus último dias.

Um abraço e obrigado por tudo. Você é um dos poucos que sabem o sentido da verdade e da justiça!

Emir
Emir Larangeira (emirlarangeira@hotmail.com)
Seg, 01 Set 2008 09:03:10 GMT
Caro Cel. Laranjeiras.
Como um jovem membro da corporação (ainda um bola de ferro) vejo que as estorias que sempre ouvi sobre o Sr. tornam-se histórias. Como no filme do 174 e outros espero que não fique a imagem de uma policia que só serve para matar, roubar e destruir.
Como o sr. bem sabe, não temos voz perante a midia e nem a sociedade, espaços como o deste blog são rarissímos pela imparcialidade. O sr. fala em açoes contra as mentiras; apoio a idéia e sugiro que antes de ser lançado que oficiais como o sr, Cel. Wilton, Cel. Ubiratan e outros impessam que estórias sejam contadas como história.
Nossa guerra é diária e está sendo contada pela ótica de um só lado, que oculta partes enormes da verdade.
Luciano Carriço (lucianocarrico@bol.com.br)
Seg, 01 Set 2008 20:03:22 GMT
Então, que venha a verdade
Até ora a Polícia sempre pagou o preço pelas mazelas dessa sociedade. Melhor dizendo, a Polícia não, os policiais, os buchas (tiras e praças), pagam esse alto preço, pois as corporações continuam a existir mesmo com os continuados erros, enquanto que muitos desses "buchas" (desculpem, mas assim o é) estão continuamente sendo excluídos das instituições e da vida - "... a vida passa, o tempo voa e a Polícia(?) continua numa boa..."
Essa guerra suja da sociedade dominadora contra os demais da população sobra sempre para os escolhidos a fazer " o trabalho sujo" - e quando a sujeira é eterna o povo limpa a sua e a dos mandatários-reis.
A chacina de Vigário Geral deveria ter sido um "divisor de águas" na condução de uma política de segurança, educação e saúde pública, pois com meias verdades, verdades ou mentiras era uma bárbara chacina de 21 pessoas cruelmente assassinadas. Deveria ter sido um marco na condução das políticas públicas, visto que era a primeira vez que a população brasileira se insurgia contra uma barbárie daquela espécie, embora outras tantas já tivessem ocorrido nessa nossa Pátria Mãe, so que em menor número de vítimas - quase que diariamente (pesquisem)umas cinco ou seis de uma só vez, como era muito freqüente na baixada fluminense.
O tempo passa, o tempo voa. A não ser a compra de novas armas, novas viaturas, novos uniformes, carros blindados, fuzis, e computadores, e dos adventos dos os falcões azul e os zepelins da vida (lembram), nada de novo aconteceu. E tudos isso é para melhorar a polícia - tá bom....eu acredito.
Mas o que é novo. Novidade seria investimentos no homem e não somente nas armas, nos uniformes, e nas máquinas - qual nada.....falta comprar o aviãozinho que foi usado no Haiti.
Então, Srs.Eduardo (ejas@oi.com.br),Emir Larangeira (emirlarangeira@hotmail.com) e james bond (jamesbond666@hotmal.com), esse último que sequer teve a coragem de se identificar, que, "então, venha a verdade, pois os "bolas de fogo" não merecem continuar pagando dívidas passadas. A não ser que se anseia por outras chacinas.
Laecio (laealsi@yahoo.com.br)
Ter, 02 Set 2008 15:47:21 GMT
A verdade
Sr. Laecio.
Procure por ela e a encontrará.
Eduardo (ejas@oi.com.br)
Qua, 03 Set 2008 20:57:09 GMT
ENIGMA
Sr. Eduardo
Toda a socieade está querendo saber o que houve e o Sr. foi quem disse que sabia da verdade em um dos seus comentários, acima. Veja:
"Vigário Geral
Concordo plenamento com o amigo Larangeira. A imprensa deveria de publicar a verdadeira versão e não a produzida no governo do Brizola. Coloquei-me a disposição do autor do texto inicial. Mesmo não conhecendo os PM´s eleitos para responder pelo crime ofereci-me espontaneamente para testemunhar o que presenciei, mesmo sabendo o que encontraria pela frente.Não me arrependo da decisão tomada há época, simplesmente,a tomei porque ia de encontro aos meus princípios. Por lado valeu a pena.Foi quando iniciou-se a minha amizade com o Larangeira e outros PM`s injustiçados.
Um abraço ao amigo Larangeira.
Eduardo (ejas@oi.com.br"

De forma alguma quero aborrecê-lo. Não é esse o propósito.
Um abraço.
Laecio (laealsi@yahoo.com.br)
Qui, 04 Set 2008 13:35:56 GMT
"Você sabia, Sr. gustavo, que todos os PPMM acusados na Chacina de Vigário Geral foram sumariamente submetidos a CD ou CRD? E mais, foram açodadamente excluídos ou licenciados?
O pior foi que o motivo do desligamento das Fileiras da Corporação NÃO foi a chacina. Vergonhosamente foram expurgados or causa de bigode, pq não atualizaram o endereço, etc., etc., motivos que jamais ensejariam a pena máxima.
Devido o grande número de réus e a complexidade do processo, os julgamentos só começaram 05 anos depois da chacina.
Em Comandos passados alguns conseguiram retornar administrativamente - em adminstrações que tinham senso de Justiça e reconheceram seus erros.
Outros, como o BORJÃO, mesmo absolvidos, com a mudança do comando não vão voltar MESMO!!!!!
Lembre-se, Borjão, que o atual Sr. CG, à época, fazia parte da PM2.
Quem sabe, amigo, seus filhos consigam a sua reintegração "post mortem" (desculpe-me o desabafo).
NÃO desanime, um dia você conseguirá e rotornará MAJOR.
TC
Qui, 04 Set 2008 19:56:36 GMT
Vigário Geral
Laecio,
Coloquei-me a disposição de quem iniciou o artigo.
Ele sabe onde me encontrar.
Afirmo que a verdadeira história deveria ser publicada pela imprensa que desestruturaram diversas famílias de policiais. Pare e pense: Os filhos desses policiais nos colégios e os colegas virarem para eles e falarem: Seu pai é um assassino. Como disse a advogada de alguns deles, que após conhecê-la tornou-se uma grande amiga. A INJUSTIÇA É UMA CICATRIZ IRREMOVÍVEL.
uM ABRAÇO.
Eduardo (ejas@oi.com.br)
Qui, 04 Set 2008 21:37:48 GMT
A verdade os pensadores já nos ensinaram a muito, qual seja:
O MP segue os ensinamentos de Nicolau Maquiavel "Defender o príncipe (O Estado), mesmo no sacrifício dos inocentes e de Kant (Como no jogo do bicho, vale o escrito, mas quando favorece o príncipe);
O Defensor Público e o Privado já seguem Aristóteles em busca da verdade equitativa;
E eu faço dos ensinamentos de Von Ihering em A LUTA PELO DIREITO a minha bíblia; talvez queiram que siga a Sócrates, mas a sicuta cujo me obrigaram a beber não padecerei calado.
Sérgio Borges, EX-PM hoje acadêmico em Direito.
Sérgio Borges (scerqueiraborges@bol.com.br)
Qui, 04 Set 2008 23:22:29 GMT
VERDADE PROCESSUAL!
A verdade os pensadores já nos ensinaram a muito, qual seja:
O MP segue os ensinamentos de Nicolau Maquiavel "Defender o príncipe (O Estado), mesmo no sacrifício dos inocentes, e, de Kant (Como no jogo do bicho, vale o escrito, mas quando favorece o príncipe);
O Defensor Público e o Privado já seguem Aristóteles em busca da verdade equitativa;
E eu faço dos ensinamentos de Von Ihering em A LUTA PELO DIREITO a minha bíblia; talvez queiram que siga a Sócrates, mas a cicuta cujo me obrigaram a beber não padecerei calado.
Sérgio Borges, EX-PM hoje acadêmico em Direito.
Sérgio Borges (scerqueiraborges@bol.com.br)
Qui, 04 Set 2008 23:32:55 GMT
A INJUSTIÇA É UMA CICATRIZ IRREMOVÍVEL.
Eduardo
Acho que estamos falando da mesma coisa, de forma diferente:Que a verdade venha à tona; que, seus conhecimentos sobre o caso sejam publicados.
Como diziam os "antigos", até mais ver.
Laecio (laealsi@yahoo.com.br)
Sex, 05 Set 2008 16:34:24 GMT
A verdade
O grito pela verdade de uma só pessoa não ecoará o suficiente para a sociedade. Várias pessoas gritando já faz algum ruído. Como já disse: Estou a disposição para falar a verdade.
Eduardo (ejas@oi.com.br)
Sex, 05 Set 2008 23:41:40 GMT
Vejam também:

http://www.emdiacomacidadania.com.br/post.php
Sérgio Borges (scerqueiraborges@bol.com.br)
Sab, 06 Set 2008 17:53:21 GMT
Não resgata a honra.
Terça-feira, 20 de Novembro de 2007
PM absolvido na chacina de Vigário Geral receberá indenização do Estado


Rio - Quatorze anos depois da chacina de Vigário Geral, o policial militar Fernando Gomes de Araújo, preso indevidamente por mais de dois anos por suposta participação no crime ocorrido em agosto de 1993, será indenizado pelo Estado do Rio de Janeiro em R$ 100 mil - corrigidos monetariamente - a título de danos morais.






O policial, que ficou preso preventivamente e sem o devido processo legal por 741 dias, foi absolvido por insuficiência de indícios de sua participação no crime sem sequer ser pronunciado em juízo.Ao julgar o recurso do MPE pela improcedência do pedido de indenização, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro entendeu que o Estado não responde pelo chamado erro judiciário a não ser nos casos expressamente declarados em lei e que a prisão do policial foi de interesse da Justiça e do próprio acusado para comprovar sua inocência.Em seu voto, o ministro Luiz Fux sustentou que uma prisão ilegal por tempo tão excessivo viola a Constituição e afronta o princípio fundamental da dignidade humana. De acordo com os autos, Fernando Gomes de Araújo não foi pronunciado porque não havia indícios suficientes da sua participação na chacina. Ele provou que não estava no local no momento do crime, quando 21 pessoas foram assassinadas e outras quatro sofreram lesão grave.O policial militar ficou preso do dia 30 de junho de 1995 até o dia 1º de julho de 1997, data em que foi expedido o alvará de soltura. Posteriormente, também ficou detido na carceragem do quartel da PM de 7 de julho a 17 do mesmo mês de 1997 por conta de corretivo aplicado pelo Comando da Polícia Militar, totalizando 741 dias de prisão.
Sérgio Borges (scerqueiraborges@bol.com.br)
Dom, 07 Set 2008 19:37:25 GMT

Comentário aguardando aprovação.
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=can%C3%A7%C3%A3o+do+policial+militar+rj+sergio+cerqueira+borges&start=0&sa=N








General vicar: tragedies for all the sides For Gustavo de Almeida In this friday, had completed 15 years of the sad slaughter of General Vicar, when 21 innocents had been assassinated of the form more possible insane, in a bloody revenge that took account of the international reporter. The Bar Association of Brazil, section River, remembered the date, but already it is possible to perceive that to the few the city goes leaving the tragic souvenirs of the slaughter stops backwards. The acts go being emptied. The reporter in the TV goes being thinner, and even though the names of died and killers go being less written. Even though one of the killers was died in May, without much ostentation of this became. General vicar and Rio De Janeiro if reflects in a mirror, when they add impunity and injustice. One of the victim relatives had the indemnity denied in the end of the year passed for Justice, without bigger explanations. It is obligation of the State to appeal, as it orders the law. But it surprised that in last instance the victim has lost. It is inexplicable. One is about one lady who until today lives in Vicar, without perspective greaters. It does not know nor that the life it was unjust. Already it does not know what it is life. Few know, but it has a p.m. in the case of General Vicar who finished if becoming victim. Borges, known is about Sergio Cerqueira as Borjão. Borjão was one of the prisoners who in 1995 already were seen as innocent, placed in the way only for being of 9º´BPM. The innocence of Borjão in the case was so clear that it also was the depositary of a listening equipment for which the Public prosecution service could clarify diverse points in doubt. Borjão was banishes before from the p.m. exactly of being judged by the slaughter. He was imprisoned to discipline for “not bringing up to date address”. Borjão counts until today that it gave deposition in its Advice of Disciplines under effect of tranqüilizantes, still in the Battalion of Shock. Its auditors knew of this. “In BP-Shock, we were tortured with garnet of moral effect the eves of the deposition in 2º Court of the Jury, whose fragmentos had been presented the female judge, who sent the skill. This consists in files of legal documents, but nothing it happened ", it counts Borjão, today without a leg and with the homesickness of a son, assassinated in mysterious circumstances, without it nothing could make. “In the Christmas I was transferred to the Polinter. I protested to the shouts against the injustice. e had ordered Me for the psychiatric hospital in Bangu but, for not having been accepted, I returned and in days I was transferred to Water Saint. There also I was spanked and I informed in the following day in judgment, being with diverse wounds, but at least I made body examination delict. Transferred to the Frei Mug, I could help to record ribbons with the confessions and after that I was transferred to the Command of Policing of the Interior. After the skill of ribbons I was untied. I gave interviews defending me and I had my annulled free on parole and they had ordered me for 12ºBPM in order to silence me. In the jury, I was acquitted. Meus pedidos de reintegração à PM nunca foram respondidos". A história de Borjão ao longo de todos estes 15 anos só não supera mesmo a dor de quem perdeu alguém na chacina. Mas eu não estaria exagerando se dissesse que Sérgio Cerqueira Borges acabou se tornando uma vítima de Vigário Geral. "Tive um filho com 18 anos assassinado por vingança. Sofri vários atentados e um deles, a tiros, me fez perder parcialmente os movimentos da perna esquerda. Sofro de diabete, enfartei aos 38 anos e vivo com um tumor na tireóide. Hoje em dia tento reintegração à PM em ação rescisória, o processo é o número 2005.006.00322 no TJ, com pedido de tutela antecipada para cirurgia no Hospital da PM para extração do tumor. Portanto, vários atentados à dignidade humana foram cometidos. As pessoas responsáveis nunca responderão por diversas prisões de inocentes? Afinal foram 23 inocentes presos por quase quatro anos com similares seqüelas. A injustiça queima a alma e perece a carne!", desabafa Borjão. Borjão hoje conta com ajuda da OAB para lutar por sua reintegração. Mas o desafio é gigantesco. Triste ironia do destino: o policial hoje mora em Vigário, palco da tragédia que o jogou no limbo. A filha dele, no entanto, me contou há alguns dias que não houve tempo suficiente para esperar pela Justiça e pela PM - Borjão teve que operar às pressas o tumor na tireóide no Hospital Municipal de Duque de Caxias. A cirurgia foi bem. Sérgio Cerqueira Borges vai sobreviver mais uma vez. Sobreviver de forma quase tão dura como os parentes de 21 inocentes, estas pessoas que sobrevivem mais uma vez a cada dia, a cada hora. No Rio de Janeiro é assim: as tragédias têm vários lados e a tristeza de quem tem memória dificilmente se dissipa. Pelo menos nesta data, neste 29 de agosto que nos asfixia. POSTADO POR: Gustavo de Almeida às 19:38 :: Arquivado Comentário (22)

Marcelo Guilhon disse...

Quando vamos parar de pegar os "pés rapados" do tráfico e pegar os verdadeiros barões das drogas?

Matar, prender, balear, torturar ou sei-lá-o-que que se faça com esses "negões" "malucos" "beira-mares" ou beira rios" não vai acabar com o tráfico de drogas. Já passou da hora de enxergarmos o tráfico de drogas através do seu aspecto econômico" que, em última instância, é o que fundamenta esse poder e essa desgraça na sociedade moderna. Afinal, o tráfico de drogas acabou em Vigário Geral?

Qualquer morte, de policiais ou civis, deve ser lamentada. Não morte justa por bala de fuzil.

Ass: Marcelo Faria Guilhon
Advogado e Sociólogo

B... disse...

Bom fiquei muito impactado com a história e só decidi fazer este comentário pois conheço pessoalmente o Victor Brazuna que hj é professor de Educação Física e um grande amigo que trabalhou comigo. Conheço também seu irmão Hugo e posso garantir que são homens de bem e que sem dúvida alguma seu bravo pai sentiria e sente seja lá onde esteja muito orgulho deles.

Anônimo disse...

senhor coronel caveira. sou um simples filho de um caveira e posso dizer que sou um filho do nuCOE. pois frequentei por minha infancia, juventude e hoje como adulto torço por todos os caveiras.
lembro dos primeiros momentos do meu pai quando careca chegou em casa se escondeu atraz de uma manilha e me pregou um susto. ali conheci o primeiro caveira. meu pai cursava o coesp. frequantei na minha infancia e adolescencia inumeros curso e encerramentos. conheci o velho zisa, o amigão gumercindo, zozimo, lotério, jorge, entre outros. lembro quando meu pai chegava em casa feliz por ter feito o seu trabalho. vi o crescimento do bope e tristemente o da criminalidade. vi um policial militar, caveira de coração, bravura e vibrador. olhar para todos os anos de combate, ganhos e perdas de amigos e não ter um saudo positivo. pois um pedreiro em um ano controi um predio e finaliza, e ele doou sua vida, suas folgas, seus momentos familiares para não ver nada acabado. aí vi meu pai conquista a vitória sobre a morte. meio desapontado com o sistema mas com o brevet de caveira no peito e na alma. se entregou ao cancer. pois sabia que não tinha cura. anos de luta, incursões, preparo de novos caveiras. tenho muito orgulho do bope que tem quase a mesma idade que eu e tenho muito mas orgulho do velho rato magro da malasia caveira que cumpriu sua missão.
senhor coronel, parebens por este livro. por mostrar a realidade da policia não só do rio como de todo território brasileiro. e que um dia possamos dizer vitória temos vida...